CPI das Câmeras mira elo entre crime organizado e empresas de proteção veicular no Rio – Agência de Notícias

O objetivo da reunião foi investigar a atuação dessas empresas e a possível ligação entre elas e o crime organizado – Foto: Alex Ramos/Alerj Com informações do Diário do Rio. Na manhã desta segunda-feira (25/08), a Comissão Parlamentar de Inquérito



O objetivo da reunião foi investigar a atuação dessas empresas e a possível ligação entre elas e o crime organizado – Foto: Alex Ramos/Alerj

Com informações do Diário do Rio. Na manhã desta segunda-feira (25/08), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Câmerasrealizada na Alerj, convocou representantes das polícias do estado do Rio de Janeiro, empresas de proteção veicular, recuperadoras de veículos e seguradoras.

A CPI investiga não só a atuação das câmeras no estado do Rio de Janeiro, mas também as empresas que agem na recuperando e vendendo proteção de veículos no estado do Rio.

O deputado Alexandre Knoploch (PL), presidente da CPI, abriu os trabalhos alertando para o fato de que empresas convocadas não foram à reunião. Knoploch pontuou que teve dificuldade para enviar os convites. Ou os endereços não eram encontrados ou modificados para áreas dominadas por alguma facção criminosa. E-mails não foram respondidos.

Uma total falta de respeito com a Comissão“, disse Knoploch reforçando, junto a outros componentes da CPI, que os representantes de empresas de proteção veicular, recuperadoras de veículos e seguradoras serão convocados à próxima reunião – caso não compareçam, poderá ser realizada uma condução coercitiva. No final da matéria, a relação com todas as empresas convocadas.

Durante a reunião, foi revelado por representantes da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), órgão subordinado ao Ministério da Fazenda, que são 449 associações recuperadoras de veículos estão cadastradas para atuar no estado do Rio de Janeiro.

Em cima dessa informação, o deputado Alan Lopes (PL), que também é membro da Comissão, considerou a possibilidade de o tráfico ou a milícia estarem envolvidos nessas ações de recuperação de veículos.

“Se não é a polícia que recupera esses veículos, se não é o cidadão, pode ser um esquema gigantesco que estamos começando a descobrir agora”, declarou.

Representantes das Polícias comentam atuação das empresas

Questionado se existem contatos entre as empresas e as polícias para recuperação de veículos, o delegado Mauro César  diretor da Divisão de Roubos e Furtos de Automóveis (DVRFA) da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) -, explicou: “Se tem esse contato direto, ainda não chegou na investigação. Mas acontece que pessoas chegam em delegacias dizendo que determinado veiculo foi visto em algum lugar”.

O delegado frisou, ainda, que essas empresas fazem recuperação de veículos em áreas dominadas por grupos criminosos sem realizar uma grande operação, como as polícias precisam.

Coronel da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), Marcelo Brasil recebeu uma pergunta na mesma linha e afirmou: “Do meu conhecimento, se existe esse contato ele seria de forma irregular“.

Empresas que compareceram à reunião

A empresa de proteção veicular Álamo Benefícios enviou um representante jurídico, que acabou respondendo algumas perguntas e foi dispensando por não ser o responsável legal pela empresa.

A recuperadora Autoache Tecnologia e Informação LTDA também teve um representante na reunião desta segunda-feira, que justificou que a empresa não é uma recuperadora de veículos.

Em dado momento, o deputado Rodrigo Amorim (União) chegou a ameaçar dar voz de prisão ao representante da Autoache por achar que ele estava mentindo na reunião da Comissão.

Da mesma forma, a Pontual Clube de Benefícios teve a presidente Carla Caldas como representante na reunião da Comissão.

21GO –Associação de Proteção Patrimonial– foi representada por seu presidente. Marcos Alves de Sousa respondeu às perguntas dos membros da CPI. Entre as falas, ele contou que a empresa tem de 10 a 13 veículos de clientes roubados por mês. Desses, três ou quatro são recuperados.

Marcos Alves de Sousa alegou, também, que muitos veículos roubados no Rio de Janeiro estão sendo clonados por criminosos.

A Comissão informou que empresas terão o sigilo bancário quebrado.

Todas as empresas e associações convocadas

EMPRESAS DE PROTEÇÃO VEICULAR
-APVS
-ATTENTO
-PRATHA BRASIL
-TRACKER
-RIOBEN ASSOC. DE BENEFÍCIOS
-FACILITY – PROTEÇÃO VEICULAR E BENEFÍCIOS
-CLUBE UNIR
-ASSOCIAÇÃO QUALITY RIO
-ATUAL CLUBE DE BENEFÍCIOS
-CARSYSTEM
-ATUAL PLUS – PROTEÇÃO VEICULAR E BENEFICIOS
-PONTUAL CLUBE DE BENEFICIOS (enviou uma representante à reunião)
-ÁLAMO BENEFÍCIOS (enviou o representante jurídico, que acabou respondendo algumas perguntas e foi dispensando por não ser o representante legal da empresa)
-UNIKAR PV CLUBE DE BENEFÍCIOS MÚTUOS
-21GO – ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO PATRIMONIAL MÚTUA (enviou o presidente à reunião)

RECUPERADORAS DE VEÍCULOS
-TRACKER BRASIL
-AUTOACHE TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO LTDA. (enviou um representante à reunião da CPI, que justificou que a empresa não é uma recuperadora de veículos)
-ATIVA MONITORAMENTO INTELIGENCIA LTDA.

SEGURADORAS
-HDI SEGUROS
-AZUL COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS
-TOKIO MARINE SEGURADORA S.A.



Conteúdo Original

2025-08-25 15:47:00

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