Milhares de apoiadores da direita tomaram a orla de Copacabana neste domingo (3), no Rio de Janeiro, em mais uma grande manifestação do movimento “Reaja, Brasil”, que exige a volta de Jair Bolsonaro às urnas em 2026 e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O ato reuniu parlamentares, autoridades e lideranças da base conservadora fluminense, com discursos inflamados contra o sistema judiciário e em defesa da democracia, da liberdade e do ex-presidente.
O governador Cláudio Castro (PL) foi um dos destaques do evento, ao lado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), único membro da família Bolsonaro presente em Copacabana. Em seu discurso, Castro relembrou a trajetória de Bolsonaro até a Presidência, criticou a inelegibilidade imposta por Moraes e foi direto:
“O sistema tirou Bolsonaro em 2022. Agora, por causa de uma reunião com embaixadores, querem impedir o homem que mudou o Brasil. Nós não aceitaremos nenhuma eleição que o candidato a presidente não seja Jair Messias Bolsonaro”, afirmou o governador, aclamado pelo público.
Castro também exaltou os anos de governo Bolsonaro, dizendo que “as estatais deram lucro, a criminalidade caiu e o povo voltou a ter voz”.
Flávio liga para Bolsonaro e ataca Moraes
O senador Flávio Bolsonaro emocionou o público ao ligar para o pai durante o evento. “Copacabana tá te ouvindo, pai!”, anunciou antes de colocar Jair Bolsonaro em viva-voz. Do outro lado da linha, o ex-presidente agradeceu: “Obrigado a todos, em breve estaremos juntos”.
Parlamentares em peso
A manifestação teve forte presença de parlamentares do Rio:
Na Câmara dos Deputados, marcaram presença o deputado federal General Eduardo Pazuello (PL-RJ), o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante, que seguirá para São Paulo à tarde, e o presidente estadual do partido, Altineu Côrtes, além do senador Carlos Portinho (PL-RJ).
Na Alerj, compareceram os deputados do PL Rodrigo Amorim, Alan Lopes, Thiago Gagliasso, Renan Jordy, Douglas Gomes (que organizou uma carreata em Niterói no sábado) e Filippe Poubel. A deputada Índia Armelau também marcou presença ao lado do marido, o vereador Fernando Armelau (PL).
Na Câmara Municipal do Rio, a bancada conservadora compareceu em peso: Dr. Rogério Amorim, Diego Faro, Rafael Satiê e Poubel estiveram no ato. O vereador Paulo Messina justificou ausência por viagem, mas prometeu um discurso em plenário nesta semana em apoio ao movimento e contra a inelegibilidade de Bolsonaro.
Bandeiras, cartazes e recado a Moraes
Entre as milhares de pessoas que ocuparam Copacabana, os símbolos da direita estavam por toda parte: bandeiras do Brasil, cartazes com críticas ao STF, mensagens contra Lula e faixas de apoio a Donald Trump e ao Estado de Israel. Também houve forte apelo pelo impeachment de Alexandre de Moraes.
O pastor Silas Malafaia, articulador do movimento, afirmou que “é um pacotão contra a censura e a injustiça”. Para os manifestantes, a inelegibilidade de Bolsonaro é um atentado à democracia e só com sua volta à disputa eleitoral o Brasil poderá garantir eleições livres e legítimas em 2026.
2025-08-03 16:09:00
