Em 2026, a conta de luz dos brasileiros deve ficar mais cara: o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) alcançará R$ 52,7 bilhões, dos quais R$ 47,8 bilhões serão bancados diretamente pelos consumidores. O aumento de 7% em relação a 2025 pressiona tarifas e inflação em pleno ano eleitoral.
Para conter a escalada, o governo Lula aprovou legislação que limita os gastos do fundo, mas só a partir de 2027, empurrando o problema para o próximo governo.
Boa parte da alta vem dos subsídios às grandes usinas eólicas e solares (R$ 3,4 bilhões), que contam com descontos tarifários no uso das redes de transmissão e distribuição. Esses incentivos cresceram R$ 2,7 bilhões para os grandes projetos renováveis e outros R$ 3,2 bilhões para pequenos sistemas solares instalados em residências e comércios.
O orçamento também subiu por causa da tarifa social, que recebeu reforço de R$ 2,6 bilhões após a ampliação da gratuidade para famílias de baixa renda.
Orçamento bilionário e impacto direto
– A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que o orçamento da CDE para 2026 será de R$ 52,7 bilhões, com R$ 47,8 bilhões em subsídios pagos via tarifa de energia.
– Esse montante representa 7% de acréscimo em relação a 2025, reforçando a escalada dos custos do fundo.
– A Aneel avalia medidas de alívio, como redistribuição de encargos e incentivo à Tarifa Branca, que estimula o consumo em horários mais baratos.
Pressão sobre consumidores e inflação
– A CDE é custeada majoritariamente pelos consumidores, com pequenas parcelas vindas do Orçamento da União e de receitas privadas.
– O aumento deve impactar diretamente as contas de luz e contribuir para a pressão inflacionária em 2026, ano de eleições presidenciais.
– Segundo a Aneel, a CDE responde por cerca de 15% da fatura de energia elétrica.
Crescimento acelerado do fundo
– O orçamento da CDE saltou de R$ 22 bilhões em 2020 para R$ 37 bilhões em 2024.
– Em 2025, deve atingir R$ 49,3 bilhões, antes de chegar ao patamar recorde de R$ 52,7 bilhões em 2026.
– Para conter a escalada, o governo aprovou legislação que limita os gastos do fundo a partir de 2027, empurrando o problema para o próximo governo.
Subsídios e renováveis em destaque
– Grandes usinas eólicas e solares receberão R$ 3,4 bilhões em descontos nas tarifas de transmissão e distribuição.
– Incentivos a projetos renováveis de maior porte somam R$ 2,7 bilhões, enquanto pequenos sistemas solares residenciais e comerciais terão acréscimo de R$ 3,2 bilhões.
– A tarifa social foi reforçada em R$ 2,6 bilhões, ampliando a gratuidade para famílias de baixa renda.
Riscos e desafios
– Inflação: o aumento da CDE pode pressionar índices de preços em 2026.
– Competitividade: subsídios a grandes projetos renováveis levantam críticas sobre distorções no mercado.
– Equidade: embora a tarifa social beneficie famílias vulneráveis, o custo é repassado a todos os demais consumidores.
O orçamento recorde da CDE em 2026 reforça subsídios bilionários e políticas sociais, mas coloca sobre os ombros dos consumidores o peso da conta.
2025-12-10 07:25:00



