Cartão Jaé estreia com filas de até 1h30 e falhas em integração e recarga – Agência de Notícias

No primeiro dia de uso obrigatório, sistema Jaé apresenta longas filas e falhas operacionais no Rio. Comissão da Câmara aponta transtornos e cobra solução antes de exigência total. (Foto: Fila Ja É na Central do Brasil/Reprodução) Com informações do Diário



No primeiro dia de uso obrigatório, sistema Jaé apresenta longas filas e falhas operacionais no Rio. Comissão da Câmara aponta transtornos e cobra solução antes de exigência total. (Foto: Fila Ja É na Central do Brasil/Reprodução)

Com informações do Diário do Rio. O primeiro dia de obrigatoriedade do uso do cartão Jaé no transporte público do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (04/08), foi marcado por longas filas, falhas de recarga, desinformação e dificuldades de integração com o sistema anterior, o Riocard.

Uma fiscalização realizada pela Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara Municipal, sob liderança do vereador Pedro Duarte (Novo), percorreu 13 pontos da cidade e encontrou problemas em quase todos eles. Em alguns locais, como no posto da Rua Dona Mariana, em Botafogopassageiros esperaram mais de 1h30 para atendimento, enquanto no Jardim Oceânico, a fila se formava sob o sol, cruzando a passarela.

“Vamos juntar tudo isso e falar para a prefeitura que não dá para colocar exclusividade do Jaé enquanto isso não se resolve”, disse Pedro Duarte“A população não pode pagar o pato porque a prefeitura e o governo do estado não se entendem”, completou o parlamentar, que pretende anexar os dados ao pedido feito ao Ministério Público para adiar a obrigatoriedade do novo sistema.

Entre os principais transtornos relatados:

  • Falta de integração entre o cartão verde do Jaé e os modais;
  • Recargas feitas no Riocard que não migraram para o Jaé;
  • Equipes da prefeitura despreparadas para orientar os usuários;
  • Problemas técnicos no aplicativo Jaé;
  • Postos com apenas um atendente ou máquinas de recarga com defeito.

Em Deodoro, um dos contêineres da Jaé estava lacrado, com um aviso para que os atendimentos fossem feitos na Vila Olímpica a 120 metros de distância. No Terminal Gentileza, a fila para atendimento levava 30 minutos.

Em Campo Grande, as filas eram longas e havia pouca informação disponível, além de reclamações sobre o reembolso do saldo no cartão antigo. Já em São Cristóvão e no Méier, os fiscais não identificaram maiores problemas.

A comissão identificou ainda um clima de frustração e revolta entre passageiros, principalmente nos bairros da Barra da Tijuca e Botafogo. Na Praça Nelson Mandela, pessoas tentavam validar os cartões, enquanto agentes vendiam bilhetes unitários via Pix — o que acabou gerando confusão.

A prefeitura ainda não se manifestou sobre as falhas detectadas. Para os passageiros, o saldo do primeiro dia foi claro: a transição para o Jaé avança, mas ainda está longe de funcionar com fluidez.



Conteúdo Original

2025-08-04 22:44:00

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