Câmara do Rio se ajoelha para Paes e mete aumento de luz no bolso da classe média

A sessão desta terça-feira (9) escancarou quem está com o povo — e quem está com o Paes. A Câmara do Rio aprovou, por 36 votos a favor e 11 contrários, o PL 971/2025, que aumenta a Contribuição de Iluminação


A sessão desta terça-feira (9) escancarou quem está com o povo — e quem está com o Paes. A Câmara do Rio aprovou, por 36 votos a favor e 11 contrários, o PL 971/2025, que aumenta a Contribuição de Iluminação Pública (Cosip) e empurra uma conta salgada para 1,2 milhão de residências e comércios cariocas. Apenas a bancada do PL e do Psol votaram contra o projeto.

A votação foi encerrada às pressas, com o líder do governo, Márcio Santos (PSD), apelando ao regimento para silenciar a oposição. Foi quando o vereador Rogério Amorim (PL) largou o verbo:

“A vergonha do governo e de sua base é tão grande que eles não querem sequer discutir. É um projeto que tem como objetivo arrecadar em cima do mais pobre. Aquele dinheirinho que o trabalhador economizava para o lazer, para a educação do seu filho, um remédio para a sua mãe… o governo vai meter a mão no bolso dele.”

A fatura será pesada e vai doer por mês

Os dados assustam. A oposição calcula reajustes médios de até 100%, com alta de 70% para classes C e D e mais de 140% para a classe B e A. O matemático Paulo Messina (PL) desmontou a retórica oficial:

“Não caiam na história de que esse dinheiro vai virar câmera. Não vai. Existe um negócio chamado DREM, que permite desvincular até 30% da receita. Isso vai virar fonte para pracinha e asfalto, e quem vai pagar é o cidadão carioca.”

Clima tenso, dedo na cara e recados diretos

Poubel (PL) foi além e desabafou contra Eduardo Paes: “O prefeito dessa cidade tem como função sacanear a população.”

Na ala da esquerda, o racha foi ao vivo. O vereador Salvino Oliveira, aliado de Paes, provocou os colegas da oposição e quis ensinar aos colegas como trabalhar: “Eu queria pedir para o pessoal da esquerda entender o que é ser de esquerda. Eu nunca vi esquerda no mundo ser contra a melhoria da prestação de serviço público.”

Levou uma invertida ferrenha de Thais Ferreira (PSOL): “Quando a gente tem um compromisso com o povo pobre, trabalhador periférico da nossa cidade, a gente precisa ter transparência para saber onde os recursos serão aplicados.”

“A marca vai ficar para vocês”, diz Messina

Na reta final, Messina deu o tom do que está por vir: “Essa votação de hoje é provavelmente a mais importante que vocês vão fazer neste mandato. O eleitor não esquece. Aumento de imposto dói todo mês. O Eduardo, em abril, vai sair. Essa marca vai ficar para vocês.”

Mesmo com algumas emendas que aliviam o impacto para os que consomem menos, a conta vai chegar — e, segundo a oposição, será gorda. Rogério Amorim resumiu a tragédia:

“A base votou com vergonha. Tira a cervejinha com picanha do final de semana que o Lula prometeu e não entregou, pra financiar a máquina do Paes.”



Conteúdo Original

2025-09-09 19:41:00

Posts Recentes

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE