Câmara do Rio pressiona Eduardo Paes a agir diante do surto de borrachudos

A infestação de mosquitos borrachudos que castiga moradores da Zona Oeste e Zona Norte do Rio deixou de ser um incômodo pontual e se consolidou como uma grave questão de saúde pública. Diante da aparente inércia do Executivo, a Câmara


A infestação de mosquitos borrachudos que castiga moradores da Zona Oeste e Zona Norte do Rio deixou de ser um incômodo pontual e se consolidou como uma grave questão de saúde pública. Diante da aparente inércia do Executivo, a Câmara de Vereadores decidiu agir.

Em uma audiência pública realizada nesta terça-feira (17), a primeira promovida pela Comissão Especial criada para enfrentar o problema, parlamentares – inclusive aliados do governo – cobraram do prefeito Eduardo Paes (PSD) uma resposta imediata e eficaz.

O vereador Marcelo Diniz (PSD), presidente da Comissão, foi direto ao ponto: “O quadro já configura uma epidemia e vai além do aspecto sanitário”, destacou, afirmando que comerciantes têm sentido no bolso os efeitos da infestação.

“Clientes têm evitado padarias, lanchonetes, quiosques — ninguém consegue sequer esperar num ponto de ônibus sem ser atacado,” afirmou Diniz. “Com isso, os estabelecimentos não conseguirão mais vender e os funcionários vão acabar perdendo os seus empregos”, alertou.

Moradores relatam um cotidiano de coceira, inchaço, feridas e até reações alérgicas severas. A situação chegou ao ponto de haver cancelamento de matrículas escolares e prejuízos ao turismo.

O subsecretário de Saúde, Renato Cony, admitiu a gravidade do problema e reconheceu que o popular fumacê é ineficaz. O combate exige escovação de pedras, preservação da mata ciliar, dragagem de rios e educação ambiental nas escolas — ações que, segundo vereadores, já deveriam estar sendo lideradas com firmeza pelo Executivo.

O programa Guardiões dos Rios, que poderia ser uma frente estratégica, foi lembrado com nostalgia: hoje definhado, carece de investimento e efetivo. “Já se mostrou eficiente e tem custo baixo. O que falta é vontade política,” reforçou o vereador Dr. Rogério Amorim (PL).

A audiência deixou claro: a população está sufocada — não por falta de ar, mas por omissão do poder público. O recado final da Câmara foi firme: as demandas e propostas serão encaminhadas diretamente ao prefeito. E, desta vez, a cidade espera não só respostas, mas ações. O tempo da passividade já venceu. Agora, é hora de arregaçar as mangas.



Conteúdo Original

2025-06-17 18:22:00

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