Até quando? Soldado da FAB é morto ao tentar impedir assalto em padaria de Anápolis (GO)

A escalada da violência no Brasil fez mais uma vítima neste fim de semana, desta vez em Souzânia, distrito de Anápolis (GO). O soldado da Aeronáutica Davi Rodrigues Pereira, de apenas 23 anos, foi brutalmente assassinado a facadas ao tentar


A escalada da violência no Brasil fez mais uma vítima neste fim de semana, desta vez em Souzânia, distrito de Anápolis (GO). O soldado da Aeronáutica Davi Rodrigues Pereira, de apenas 23 anos, foi brutalmente assassinado a facadas ao tentar impedir um assalto em uma padaria local. Seu pai, também esfaqueado ao tentar defender o filho, permanece internado em estado grave no Hospital Estadual de Anápolis.

O crime ocorreu na noite de sábado (2), quando dois criminosos chegaram ao estabelecimento em um carro. Um deles desceu armado com uma faca e anunciou o assalto. Davi e seu pai reagiram, mas foram atingidos com golpes violentos. Davi não resistiu aos ferimentos, mesmo após passar por cirurgia.

População reage, criminosos capturados

Após o ataque, os criminosos tentaram fugir por uma estrada vicinal. Moradores da região perseguiram o veículo e conseguiram balear um dos suspeitos, que foi contido e levado sob custódia ao hospital. O outro foi capturado pela polícia na zona rural de Anápolis. Ambos foram presos em flagrante e devem responder por latrocínio.

Mais do que uma tragédia familiar

A morte de Davi, um jovem militar da Base Aérea de Anápolis, não é apenas uma tragédia pessoal. É um retrato cruel da expansão do crime que assola o país, alimentado por uma legislação penal branda e por políticas de desencarceramento que, na prática, favorecem o criminoso em detrimento da vítima.

Impunidade faz assalto virar profissão e alimenta latrocínio

Legislação ultrapassada e impunidade crescente

Segundo dados do Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária 2024–2027, o Brasil enfrenta uma alta taxa de criminalidade violenta, mesmo com o crescimento do encarceramento. A política de “Pena Justa”, recentemente homologada pelo STF, busca reduzir a população carcerária e promover a reintegração social, mas tem gerado críticas por abrir brechas para a impunidade.

Estudos mostram que cerca de 40% dos presos são liberados já na audiência de custódia, considerada a principal “porta giratória” do sistema criminal. Além disso, criminosos com histórico de reincidência continuam a receber benefícios como progressão de regime e saídas temporárias.

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A inversão de prioridades

Enquanto famílias como a de Davi enfrentam o luto e a dor, políticas públicas parecem priorizar a reabilitação de criminosos sem garantir justiça para as vítimas. A sensação de insegurança cresce, e a população clama por leis mais rígidas e punições efetivas.

A Força Aérea Brasileira emitiu nota de pesar e afirmou estar prestando apoio à família do militar. Mas o que resta à sociedade é a indignação diante de mais uma vida ceifada pela violência — e a pergunta que ecoa: até quando?



Conteúdo Original

2025-08-05 07:00:00

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