Argentinos estão saindo da pobreza enquanto Brasil caminha para colapso fiscal

O governo de Javier Milei encerrou o terceiro trimestre de 2025 com números que surpreenderam até os analistas mais céticos. A pobreza caiu de 38,3% para 27,5% em apenas 12 meses, o menor patamar desde 2018. Outro dado expressivo é


O governo de Javier Milei encerrou o terceiro trimestre de 2025 com números que surpreenderam até os analistas mais céticos. A pobreza caiu de 38,3% para 27,5% em apenas 12 meses, o menor patamar desde 2018. Outro dado expressivo é a redução da indigência: de 20,2% para 5,4% em pouco mais de um ano, milhões de argentinos deixaram a linha da fome extrema.

A virada é atribuída principalmente ao controle da inflação, que chegou a ultrapassar 200% em 2023. Com cortes drásticos de gastos, disciplina fiscal e acordo com o FMI, Milei conseguiu estabilizar preços e recuperar a confiança na moeda.

O impacto social veio acompanhado de sinais de retomada econômica: o PIB cresceu 3,3% no terceiro trimestre e a expectativa oficial é de expansão superior a 5% em 2025. Para analistas, trata-se de uma guinada histórica em um país marcado por décadas de crises recorrentes sob governos de esquerda.

Brasil: risco de colapso fiscal em 2027

Enquanto os hermanos comemoram, o Brasil enfrenta projeções preocupantes. Estudos da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara apontam que, a partir de 2027, o governo pode não ter recursos para manter o funcionamento básico da máquina pública.

O alerta é reforçado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026, que indica despesas em crescimento e receitas superestimadas. Economistas avaliam que, sem reformas estruturais, o país corre risco de “shutdown” administrativo, com paralisação de serviços essenciais.

A dívida pública, que já se aproxima de 80% do PIB, pode ultrapassar 100% até 2030, exigindo medidas urgentes para evitar um colapso econômico.

Contexto regional

O contraste entre os dois países evidencia modelos econômicos opostos: na Argentina, um governo de direita promoveu ajuste severo e trouxe resultados rápidos em indicadores sociais e macroeconômicos; no Brasil, a expansão de gastos sem contrapartida de receitas ameaça a sustentabilidade das contas públicas.

Se a Argentina dá sinais de “sair da UTI”, como descrevem analistas, o Brasil caminha para um cenário de restrição orçamentária que pode comprometer investimentos e serviços básicos já na próxima década. Melhor já ir preparando a maca.



Conteúdo Original

2025-12-25 09:00:00

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