Após as ‘taxas das blusinhas’, governo mira carros e eletrodomésticos – e consumidor paga a conta do rombo fiscal

Após a polêmica das “taxas das blusinhas”, o governo Lula prepara novo aumento de tarifas de importação — e mais uma vez o consumidor será chamado a cobrir o rombo fiscal de uma gestão que não consegue conter gastos nem


Após a polêmica das “taxas das blusinhas”, o governo Lula prepara novo aumento de tarifas de importação — e mais uma vez o consumidor será chamado a cobrir o rombo fiscal de uma gestão que não consegue conter gastos nem equilibrar as contas públicas. A recomposição tarifária pode elevar o custo de carros e eletrodomésticos, além de impactar setores dependentes de aço.

Governo mira carros e aço para arrecadar R$ 14 bilhões

Depois de mirar o varejo online, o Palácio do Planalto agora estuda elevar impostos de importação sobre setores estratégicos como o automotivo e o siderúrgico. A medida, segundo apuração da CNN e confirmada por relatórios oficiais, tem como objetivo gerar cerca de R$ 14 bilhões em receita adicional já em 2026.

A equipe econômica avalia recompor tarifas para automóveis em até 35%, além de ampliar a taxação sobre produtos siderúrgicos, que já sofrem com uma enxurrada de mercadorias chinesas. Em maio, o governo havia renovado por mais 12 meses o sistema de proteção à indústria nacional, incluindo 23 produtos siderúrgicos sujeitos a tarifa de 25%.

Pressão dos setores e impacto no consumidor

– Aço: O setor projeta queda na produção e aumento superior a 30% nas importações em 2025, o que levou empresários a exigir mecanismos de defesa comercial.
– Automóveis: Montadoras reclamam da concorrência desleal e pedem recomposição tarifária máxima.
– Consumidor: Apesar do discurso de proteção à indústria, especialistas alertam que o aumento de tarifas inevitavelmente encarece os produtos finais, atingindo diretamente o bolso da população.

Contexto internacional e geopolítico

Desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou tarifas contra a China, Pequim passou a redirecionar parte de sua produção para mercados alternativos, como o Brasil. Essa movimentação ampliou a pressão sobre setores locais e fortaleceu o lobby por medidas de proteção.

O pano de fundo fiscal

A projeção de arrecadação extra na casa de R$ 14 bilhões consta no relatório da receita do PLOA (projeto de lei orçamentária anual), da senadora Dorinha Rezende (União-TO), aprovado pela CMO (Comissão Mista de Orçamento) na última semana. Não há detalhamento para a dotação, contudo. Para analistas, trata-se de mais uma tentativa do governo de fechar as contas públicas com aumento de carga tributária, em vez de cortar gastos.

Riscos e críticas

– Inflação de preços: A recomposição tarifária pode elevar o custo de carros e eletrodomésticos, além de impactar setores dependentes de aço.
– Competitividade: Economistas alertam que a medida pode reduzir a competitividade do Brasil no cenário global.
– Estratégia recorrente: O governo repete a lógica das “taxas das blusinhas”: aumentar impostos para cobrir déficits, sem atacar o problema central — o descontrole das despesas públicas.

Mais uma vez o governo Lula mira o bolso do consumidor para equilibrar o Orçamento diante da falta de disciplina fiscal.

 



Conteúdo Original

2025-12-09 08:46:00

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