Governos europeus intensificaram medidas de segurança nos tradicionais mercados e celebrações de Natal, diante do risco crescente de atentados terroristas. A França emitiu um comunicado oficial ordenando vigilância máxima em todas as feiras natalinas, lembrando que esses locais já foram alvo de ataques em Estrasburgo (2018) e Berlim (2016). O ministro do Interior, Laurent Nuñez, destacou que o nível de ameaça é “muito alto” e exigiu a mobilização total dos serviços de inteligência.
Na Alemanha, a polícia desarticulou recentemente um plano de ataque contra um mercado de Natal na Baviera. Cinco homens — de origem egípcia, marroquina e síria — foram detidos sob suspeita de preparar um atentado com carro-bomba inspirado em ideologias extremistas. O governo alemão já havia reforçado protocolos de segurança após ataques em Magdeburgo e Berlim, transformando os mercados natalinos em zonas de alto risco.
Especialistas alertam que a combinação de grandes aglomerações, simbolismo religioso e tensões geopolíticas cria um ambiente propício para atentados. Embora autoridades europeias evitem relacionar diretamente imigração muçulmana ao aumento da ameaça, investigações recentes apontam que grupos extremistas têm explorado comunidades vulneráveis para recrutar seguidores.
O eco do atentado na Austrália
O clima de tensão na Europa é amplificado pelo atentado ocorrido em Sydney, Austrália, no último domingo (14). Durante uma celebração judaica de Hanukkah na praia de Bondi, dois atiradores abriram fogo contra a multidão, deixando 16 mortos e mais de 40 feridos. Os autores, pai e filho, foram identificados como Sajid e Naveed Akram. O primeiro foi morto pela polícia, enquanto o segundo permanece hospitalizado. O ataque foi classificado como ato terrorista e antissemita, provocando comoção internacional e reforçando o temor de ações coordenadas em eventos religiosos e culturais.
O reforço da segurança nos eventos natalinos na Europa reflete não apenas a memória de ataques passados, mas também a urgência trazida pelo massacre em Sydney. O continente vive um Natal sob vigilância, em que a tradição festiva se mistura ao medo de novos atentados — um retrato da tensão global diante do terrorismo contemporâneo em meio ao aumento da imigração para o velho continente.
2025-12-15 11:37:00



