Vídeo: Piloto da Core baleado na cabeça emociona ao realizar novos movimentos no CTI | Rio de Janeiro

Antes e depois do piloto da Core, Felipe Marques Monteiro – Reprodução/Redes sociais Antes e depois do piloto da Core, Felipe Marques MonteiroReprodução/Redes sociais Publicado 03/11/2025 17:33 Rio – Oito meses depois de ser atingido com um tiro de fuzil



Antes e depois do piloto da Core, Felipe Marques MonteiroReprodução/Redes sociais

Rio – Oito meses depois de ser atingido com um tiro de fuzil na cabeça durante uma operação policial no Rio, o piloto de helicóptero da Polícia Civil Felipe Marques Monteiro, de 44 anos, vem recuperando lentamente os movimentos e é considerado um milagre pelos médicos.

O disparo, que entrou pela testa, fez o comandante perder 40% do crânio e o obrigou a usar uma prótese craniana. Ele também ficou com o lado esquerdo do corpo comprometido e perdeu parte da coordenação muscular da fala.

Fotos e vídeos compartilhados diariamente pela esposa, Keidna Marques, mostram a evolução de Felipe, que segue internado no Hospital São Lucas, em Copacabana. Nesta segunda-feira (3), ela publicou uma sequência de vídeos agradecendo o apoio das pessoas que acompanham a recuperação dele pelas redes sociais. O perfil do piloto já reúne mais de 361 mil seguidores.

“A história dele precisa ser reinventada, ser contada, e provavelmente ele não volte a pilotar. Como fica a história dele? A minha vida e a de toda a nossa família foram modificadas desde o dia 20 de março”, refletiu Keidna.

No sábado (1º), ela compartilhou outro momento emocionante na trajetória do marido. Felipe conseguiu realizar novos movimentos com as mãos. No vídeo, é possível vê-lo levantar os braços e retirar um travesseiro apoiado na cabeça.

“Surpreendentemente, o Felipe vem entregando novos movimentos. Diz que isso não é um milagre. Observação: o óculos não é dele, é de um amigo. Ele puxou, colocou em si mesmo e não deixou tirar por um bom tempo. Cada dia, ele nos surpreende com uma ação diferente. Obrigada, Deus, por tudo”, escreveu Keidna. Veja as imagens:


Relembre o caso

Felipe atuava como comandante da aeronave do Serviço Aeropolicial da Coordenadoria de Recursos Especiais (SAR-CORE) da Polícia Civil quando foi baleado durante uma operação nas comunidades Vila Aliança e Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio, em 20 de março deste ano.

Mesmo ferido, ele conseguiu manter o controle do helicóptero e realizar um pouso de emergência com o colega que também estava a bordo. Socorrido em estado gravíssimo, Felipe foi levado inicialmente ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Zona Sul, e depois transferido para o Hospital São Lucas.

“Nossa guerra ainda é longa”, desabafa mulher

Keidna diz que a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, realizada há quase uma semana, reacendeu lembranças dolorosas do dia em que o marido foi baleado. Em uma carta aberta, ela lamentou a morte dos quatro policiais durante os confrontos.

“Meu amor, esses últimos dias têm me trazido sentimentos profundos… dor, empatia e uma imensa reflexão sobre o valor da vida. Ver famílias sendo dilaceradas, pais, mulheres e filhos chorando por policiais que partiram, parte o coração. Você, que também foi atingido na cabeça, mas segue aqui, travando uma batalha diária pela vida, me mostra o verdadeiro sentido da palavra ‘guerreiro’. Nossa guerra ainda é longa, já são 224 dias no CTI. Nosso caminho é cheio de desafios, mas eu te prometo: jamais estará sozinho.”





Conteúdo Original

2025-11-03 17:33:00

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