A Venezuela anunciou nesta segunda-feira o envio de 15 mil soldados das forças de segurança para a fronteira com a Colômbia para operações contra o tráfico de drogas, enquanto os Estados Unidos acusam o presidente Nicolás Maduro de liderar um cartel de drogas. Três destróieres de mísseis americanos devem ser enviados para águas internacionais na costa da Venezuela nos próximos dias para o que Washington alega serem operações contra o tráfico internacional de drogas.
Maduro, no entanto, denuncia uma “ameaça” e abriu registro militar para expandir suas fileiras. A mobilização coincide com a acusação dos EUA contra Maduro e colaboradores próximos de seu governo, como seu ministro do Interior, Diosdado Cabello, de pertencerem a uma suposta organização de tráfico de drogas conhecida como Cartel dos Sóis.
Eles estão oferecendo US$ 50 milhões e US$ 25 milhões, respectivamente, por informações que levem à sua captura.
“Por que eles não enviam suas frotas e aviões para cá para combater os 87% das drogas que saem da Colômbia?” Cabello questionou, apontando para o Oceano Pacífico em um mapa e citando números de um suposto relatório da ONU. “Eles os mobilizam e estão preocupados com a origem dos 5% supostamente.”
Venezuela intensifica alistamento com donas de casa e aposentados
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/x/b/U0qBsGT0qrVRQ7SzICvw/112104216-a-member-of-the-presidential-guard-shows-weapons-during-an-induction-ceremony-for-individu.jpg)
1 de 10
Venezuela intensifica alistamento para enfrentar os EUA — Foto: Pedro Mattey/AFP
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/5/n/T5CGS2R8KrPcUR7vQ8HQ/112103628-people-line-up-during-the-bolivarian-militia-enlistment-process-at-bolivar-square-in-carac.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/5/n/T5CGS2R8KrPcUR7vQ8HQ/112103628-people-line-up-during-the-bolivarian-militia-enlistment-process-at-bolivar-square-in-carac.jpg)
2 de 10
Funcionários públicos, donas de casa e aposentados estão entre novos alistados — Foto: Pedro Mattey/AFP
X de 10
Publicidade
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/S/B/pDxUgzQUynFlAwl9HZuA/112103876-people-sign-up-to-join-the-civil-militias-during-a-national-enlistment-campaign-called-by.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/S/B/pDxUgzQUynFlAwl9HZuA/112103876-people-sign-up-to-join-the-civil-militias-during-a-national-enlistment-campaign-called-by.jpg)
3 de 10
País tinha 343 mil militares em 2020, atrás apenas de Brasil e Colômbia na América do Sul — Foto: Pedro Mattey/AFP
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/g/m/NECCSARr2mr7tN4ZBBSw/112104254-a-woman-wearing-a-t-shirt-with-an-image-of-late-venezuelan-presiden-hugo-chavez-signs-up-t.jpg)
4 de 10
Milhares de pessoas se alistaram neste sábado nas forças militares da Venezuela, para combater uma eventual invasão dos Estados Unidos — Foto: Pedro Mattey/AFP
X de 10
Publicidade
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/6/s/SAwYCaSNe9GOKQjjZpiw/112104464-people-sign-up-to-join-the-civil-militias-during-a-national-enlistment-campaign-called-by.jpg)
5 de 10
Nicolás Maduro pediu a abertura do registro da Milícia Bolivariana, um corpo formado por civis, integrado às Forças Armadas — Foto: Pedro Mattey/AFP
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/A/q/iBUvKWRLyAM0hLPsZ9tw/112104380-a-member-of-the-presidential-guard-speaks-during-an-orientation-day-for-people-who-signed.jpg)
6 de 10
Movimento representa uma demonstração de força perante o que Maduro considera ser uma ameaça ao seu poder — Foto: Pedro Mattey/AFP
X de 10
Publicidade
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/T/V/SKAi78QAOCYPJUGlrv2Q/112104424-a-member-of-the-presidential-guard-speaks-during-an-orientation-day-for-people-who-signed.jpg)
7 de 10
A Milícia montou centros de registro em praças e prédios militares e públicos, entre eles o palácio presidencial, em Caracas — Foto: Pedro Mattey/AFP
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/f/J/HBcibQSyuw3SaAjL0w9A/112104468-people-sign-up-to-join-the-civil-militias-during-a-national-enlistment-campaign-called-by.jpg)
8 de 10
Batizadas de bolivarianas por Chávez, as Forças Armadas venezuelanas não escondem sua politização — Foto: Pedro Mattey/AFP
X de 10
Publicidade
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/y/4/A2a0OARbm6jtswtzm0OQ/112104474-people-sign-up-to-join-the-civil-militias-during-a-national-enlistment-campaign-called-by.jpg)
9 de 10
Não está claro com quantos efetivos essas forças contam. Em 2020, elas possuíam cerca de 343 mil integrantes, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) — Foto: Pedro Mattey/AFP
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/M/1/vDIv00QbqEpGZdfGbf5g/112104312-police-officers-sign-up-to-join-the-civil-militias-during-a-national-enlistment-campaign-c.jpg)
10 de 10
Tamanho semelhante às do México (341 mil) e superado na América Latina apenas por Brasil (762 mil) e Colômbia (428 mil) — Foto: Pedro Mattey/AFP
X de 10
Publicidade
Milícia montou centros de registro em praças e prédios militares e públicos
Cabello anunciou em entrevista coletiva um “reforço operacional” nos estados de Zulia e Táchira, na fronteira com a Colômbia. Maduro “ordenou o envio de 15 mil homens e mulheres na primeira fase”, disse o ministro.
“Aqui estamos combatendo o narcotráfico, aqui estamos combatendo as quadrilhas de traficantes em todas as frentes”, acrescentou após anunciar a apreensão de 52,7 toneladas de drogas até agora neste ano, das quais entre 70% e 80%, segundo ele, são traficadas pela Venezuela. “O narcotráfico não está ligado a nós”, insistiu Cabello, acusando a oposição de apoiar as operações de narcotráfico colombianas.
2025-08-25 14:48:00