Amanda Couto Deloca, de 23 anos, foi detida em casa na tarde desta segunda-feira, em Nova Campinas, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, pela Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) em conjunto com a 62ª DP (Imbariê). Ela é uma das suspeitas de participar de um golpe conhecido como “Boa Noite, Cinderela” aplicado contra dois turistas britânicos. Segundo a investigação, as vítimas conheceram as mulheres na Lapa, no Centro do Rio, e, após serem dopadas, tiveram os celulares roubados, resultando em um prejuízo de R$ 116 mil.
A suspeita foi denunciada na última quarta-feira pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ). O pedido de prisão preventiva contra Amanda e outras duas suspeitas — Raiane Campos de Oliveira, de 27 anos, e Mayara Ketelyn Américo da Silva, de 26 — será analisado pela 19ª Vara Criminal da Comarca da Capital.
De acordo com a 62ª DP (Imbariê), Amanda tentava fugir para a casa de um parente fora do estado antes de ser capturada em Duque de Caxias. A suspeita já tinha uma passagem pelo mesmo tipo de crime, em 2023, agora, foi encaminhada para a Deat, na Cidade da Polícia.
Raiane e Mayara também tinham antecedentes por golpes semelhantes. Raiane, conhecida da polícia, acumula 24 passagens, incluindo associação criminosa, ameaça e roubo. No ano passado, ela chegou a ser condenada a seis anos de prisão em regime semiaberto por aplicar um golpe idêntico na Pedra do Sal, quando dopou e roubou um turista estrangeiro, mas cumpriu apenas seis meses e foi liberada em 3 de julho deste ano.
Turista dopado em Copacabana
Imagens que circularam nas redes sociais mostram o momento em que um dos turistas cai desacordado na praia de Ipanema, Zona Sul do Rio. Ele desembarca de um táxi e anda cambaleando pelo calçadão até cair na areia. Em seguida, uma testemunha conseguiu gravar as três mulheres suspeitas pelo golpe fugindo de táxi do local.
Polícia investiga mulheres por golpe do ‘boa noite Cinderela’ no Rio
No depoimento à Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) as vítimas, de 21 anos, contaram conheceram as mulheres durante uma roda de samba na Lapa. Elas teriam oferecido caipirinhas adulteradas, após as quais os jovens perderam a consciência. Ao acordarem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana, também na Zona Sul, notaram o sumiço de seus celulares, e um deles teve 16 mil libras esterlinas, o equivalente R$ 110 mil roubados via transferência bancária feita pelas criminosas.
Em um segundo depoimento, de acordo com a delegada Patrícia Alemany, o turista relatou que as criminosas chegaram a tirar quase R$ 150 mil (20 mil libras) de um investimento, mas a maior parte da quantia ficou na conta-corrente.
— É um crime super grave onde eles são dopados e elas roubam geralmente os celulares e fazem essas transações bancárias. Vamos prosseguir as investigações agora — disse a delegada Patricia Alemany, titular da Deat.
2025-08-18 13:38:00