Testemunhas no julgamento do assassinato de brasileiro sofrem ameaças em Portugal

A advogada de Mayla Pertel, viúva do ex-militar brasileiro Alisson Rodrigues, assassinado em junho de 2023 em Portugal, disse ao Portugal Giro que duas testemunhas no julgamento sofreram ameaças. Mayla Pertel: Brasileira que teve marido assassinado em Portugal volta ao


A advogada de Mayla Pertel, viúva do ex-militar brasileiro Alisson Rodrigues, assassinado em junho de 2023 em Portugal, disse ao Portugal Giro que duas testemunhas no julgamento sofreram ameaças.

  • Mayla Pertel: Brasileira que teve marido assassinado em Portugal volta ao país para ter a filha do casal
  • Crime em Grandôla: Polícia prende cúmplice de assassinato de ex-militar brasileiro em Portugal

A magistrada Alessandra Fantoni defende Mayla no julgamento dos três acusados do crime, que começou ontem em Setúbal. As penas podem ser de 12 a 25 anos.

Segundo Fantoni, uma das testemunhas tem deficiência visual. Junto com a esposa, ele estava na festa onde houve uma discussão que teria motivado o assassinato, por engano, de Alisson.

— Ele disse que buscou ajuda da Guarda Nacional Republicana. Disseram que nada poderiam fazer. Então, veio ao processo implorar por ajuda — disse Fantoni. completando:

— Ameaças de morte às testemunhas e seus filhos. Muito triste a polícia não poder fazer nada. Eu pedi que o tribunal aplicasse medida de prisão, porque são acusações gravíssimas.

Alisson foi morto aos 35 anos dentro de casa na pacata cidade de Grândola. Os assassinos entraram na residência do casal procurando outra pessoa e atiraram nele, que protegia Mayla, por engano.

Ela foi agredida e só escapou da morte quando revelou aos assassinos que estava grávida. Maria Alice nasceu em novembro de 2023 e ambas seguem morando em Portugal.

Em relato enviado à Justiça, a testemunha ameaçada revela que ele e familiares, incluindo menores, sofreram ameaças, segundo a advogada.

“Enviei pedido de socorro ao Ministério Público, porque somos testemunhas de homicídio, e não recebemos resposta. Temo pela minha vida e a vida da minha família”, relatou a testemunha.

— Moravam todos perto e, pelo que parece, eles estavam na festa onde se iniciou todo o problema — finalizou a advogada.

Como seguem vivendo no mesmo lugar, familiares do acusado de homicídio têm, segundo a testemunha, feito “disparos de armas de fogo” para o alto numa tentativa de intimidação.

“Constantemente nos diz que depois do julgamento vai fazer da minha casa um açougue e que vai queimar a gente vivo, assim como a casa e os carros…”.

Um dos primeiros depoimentos previstos foi o de Mayla, que completaria dez anos de união com Alisson em dezembro daquele ano.

Segundo Fantoni, os três indiciados serão julgados por diversos crimes, mas sendo homicídio qualificado agravado o principal.

— As penas somadas podem ultrapassar os 25 anos. Porém, em Portugal a pena máxima é de 25 anos — explicou Fantoni.



Conteúdo Original

2025-10-09 02:55:00

Posts Recentes

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE