Suspeita de ser a mandante da morte da decoradora de festas Laís de Oliveira Gomes Pereira, de 24 anos, a gerente comercial Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 21, trocou mensagens com a vítima cerca de meia hora antes do crime ocorrer. A intenção da suspeita, segundo a polícia, seria a de tentar monitorar os passos de Laís. A informação sobre a existência das conversas consta no depoimento prestado pela própria Gabrielle, na Delegacia de Homicídios da Capital(DHC), no dia 4 de novembro, data em que a decoradora foi executada a tiros por um homem que estava na garupa de uma motocicleta, em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio.
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Na ocasião, ela alegou que o diálogo ocorreu porque queria pegar um tênis para filha da vítima, de 4 anos. A criança é fruto de um relacionamento anterior de Laís com o atual marido da gerente. A menina estava com a suspeita e seria levada por ela à escola.
Ao todo, quatro pessoas suspeitas de envolvimento no crime estão presas, entre elas Gabrielle.
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Todas foram detidas após expedição de mandados de prisão temporária do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro(TJRJ). A última ser presa foi a gerente. Ela se entregou à polícia nesta segunda-feira. Ouvida pelos investigadores da DHC no dia 4 de novembro, Gabrielle disse ter falado com a vítima pela última vez, naquele mesmo dia, às 10h11, horário em que a decoradora de festas recebeu sua última mensagem. Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, Laís foi morta entre 10h30 e 11h. O assassinato aconteceu na Travessa Santa Vitória, em Sepetiba. Na ocasião, ela estava empurrando um carrinho onde levava seu filho, de um ano e quatro meses.
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A criança não foi ferida pelos disparos. Também mãe de uma menina, de 4, Laís teria sido executada, segundo a polícia porque Gabrielle, que era casada atualmente com o pai da filha da decoradora de festas, queria ficar com a guarda da criança. As duas já teriam discutido, em 2024, por problemas relacionados a pensão que o pai da menina pagava para a vítima.
Segundo o delegado Robinson Gomes, da DHC, não há dúvida da participação dos suspeitos na execução. De acordo com o delegado, a morte da vítima foi encomendada por Gabrielle, que queria ficar com a guarda da filha da decoradora de festas. Além da gerente comercial, foram presos o responsável pelos disparos que mataram Laís, o homem que pilotava a motocicleta que transportou o atirador, e uma mulher. Esta última é suspeita de ter sido a intermediária entre a suposta mandante do crime e o executor.
— Não há dúvida na autoria do crime. Para a polícia, a Gabrielle é a mandante do assassinato. Ela queria guarda da menina. A Laís viva era um obstáculo— disse o delegado.
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A Polícia Civil juntou à investigação uma troca de mensagens onde Gabrielle fala com uma pessoa que tinha vontade de matar a decoradora de festas. ” Queria matar demais a Laís. Deus me livre”, escreveu a suspeita num dos trechos da conversa.
O advogado Diogo Macruz, responsável pela defesa de Gabrielle, disse que sua cliente teve uma participação no crime. Ele ressaltou, no entanto, acreditar que a gerente não seja a mandante da morte de Laís de Oliveira Gomes Pereira.
— Gabrielle disse que teve um tipo de participação, sim, mas não é o que estão dizendo na televisão. Isso eu pretendo ver quando liberarem o acesso ao inquérito. Acredito que Gabrielle estaria entre os intermediários ali. Posso dizer até que é possível que tenha mais uma pessoa (no crime). Mas, isso a própria investigação dirá. Acredito que existe outro(a) mandante— disse o advogado.
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Segundo a polícia, os quatro suspeitos detidos por força de mandados de prisão temporária terão as respectivas prisões preventivas solicitadas à Justiça nos próximos dias.
— Vamos representar pela decretação das prisões preventivas— concluiu o delegado Robinson Gomes.
Presa por suspeita de ser a mandante da morte da decoradora de festas, Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário foi transferida, nesta terça-feira, da Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, para uma carceragem feminina, em Benfica. Ele deverá ser submetida a uma audiência de custódia. Na ocasião, um juiz vai decidir se a prisão de Gabrielle foi ou não legal e se ele responderá pelo crime presa ou em liberdade.
2025-11-18 17:51:00



