O roubo de carros e motos apresentou um crescimento na cidade do Rio de Janeiro, de 2023 para o ano passado, como mostra o Mapa do Crime, plataforma lançada pelo GLOBO esta semana. Na Zona Oeste, no Recreio dos Bandeirantes,os roubos de veículos foram de 72 para 101, um aumento de 40,3%. Com isso, o bairro voltou ao patamar anterior, quando houve 104 e 100 roubos de carros e motos, nos anos de 2021 e 2022, respectivamente.
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É uma situação parecida com a da Taquara, onde este indicador subiu 37,3%, passando de 177 para 243. No bairro, essa estatística só cresce desde 2020, quando houve 116 roubos de veículos.
Na Barra da Tijuca, no entanto, foi registrada leve queda no roubo de veículos, de 6%, passando de 67 para 63, no mesmo período.
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Os crimes apresentados neste levantamento não contabilizam os furtos, quando o bandido passa e retira o bem da mão da vítima ou o pega escondido. São apenas roubos onde houve violência ou grave ameaça.
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Entenda o que é o Mapa do Crime
Quais são os bairros mais perigosos do Rio? Onde os roubos avançaram? Quais é o horário menos seguro para caminhar pela vizinhança? Para ajudar a responder essas perguntas e entender a dinâmica da violência na cidade, o GLOBO desenvolveu o Mapa do Crime, uma ferramenta interativa de monitoramento de roubos no Rio com dados inéditos de delitos por bairros. Disponível no site do jornal, o mapeamento disponibiliza informações sobre quatro crimes diferentes — roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo — em 147 bairros diferentes da capital.
A ferramenta foi produzida a partir de microdados de mais de 250 mil registros de ocorrências obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP). O órgão, responsável por compilar as estatísticas da segurança no estado, divulga mensalmente indicadores divididos por áreas de batalhões e delegacias — que abrangem, na maioria dos casos, vários bairros. Buscando entender dinâmicas criminais hiperlocais, o GLOBO solicitou dados mais precisos de localização dos crimes e recebeu informações sobre os bairros onde cada ocorrência foi registrada, menor unidade territorial disponibilizada pelo ISP. É a primeira vez que indicadores criminais no Rio são divulgados com esse nível de detalhamento.
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Qual é a diferença entre roubo a pedestre e roubo de celular?
Os crimes de roubo a pedestre e roubo de celular, que até podem acontecer ao mesmo tempo, são registrados de forma separada pelas autoridades — e há um motivo para isso. O roubo a pedestre — também chamado de roubo a transeunte — se refere à subtração de qualquer bem pessoal feita com ameaça ou violência enquanto a vítima caminha pela rua, podendo incluir bolsas, carteiras, joias, entre outros itens.
Já o roubo de celular, como o nome indica, diz respeito exclusivamente aos casos em que o aparelho é o alvo do assalto. O telefone pode alimentar a engrenagem do crime de diversas formas: pode ser desbloqueado e usado para transferências bancárias, revendido de forma clandestina ou até desmontado para a venda de peças.
2025-07-24 11:00:00