Russomanno primeiro lembrou que os relatos sobre a empresa de Virginia começaram a surgir com frequência desde 2023. Além das entregas não efetuadas, foram apontados problemas com a qualidade dos produtos. O programa trouxe o depoimento de clientes que afirmam ter feito compras e nunca recebido os itens, apesar da alegação da empresa de que as encomendas teriam sido entregues.
A WePink, então, enviou uma nota oficial ao programa reconhecendo os contratempos, mas foi nesse ponto que as críticas de Russomanno se intensificaram. “[A empresa disse] que já vendeu mais de 1 milhão de produtos e que entregou 94%. Gente, se vendeu mais de 1 milhão e entregou 94%, então nós temos mais de 30, 40 mil pessoas sem receber. Se não tem condição de entregar, devolve o dinheiro. Só que muitas pessoas estão dizendo que a WePink entregou [o produto], mas não entregou”, alfinetou o apresentador.
Na análise do parlamentar, prometer uma data de entrega e não cumprir já representa uma infração legal. Ele ainda alertou que, em casos em que o consumidor paga e não recebe nem o produto nem o reembolso, podem ser caracterizados como crime de propaganda enganosa e também apropriação indevida.
Durante o programa, o deputado federal também contou que representantes da empresa o convidaram para visitar as dependências do SAC e outros setores, em uma tentativa de demonstrar empenho na resolução das queixas dos clientes. “De verdade, se isso estivesse acontecendo, a gente não estaria recebendo uma quantidade imensa de denúncias. (…) Então está faltando logística, está faltando estrutura, está faltando o SAQ da maneira correta, porque o consumidor tem que ligar e falar com alguém, e não com um robô. Tem que ter esclarecimentos, tem que explicar para esse consumidor que ele pode receber com atraso, mas vai receber, ou se ele quer o dinheiro de volta. Tem que dar satisfação”, insistiu o apresentador.
Russomanno finalizou o quadro deixando claro que a empresa de Virginia Fonseca enfrenta um momento delicado. “Se faltar um produto, tem uma pessoa lesada, um consumidor lesado e é crime contra aquele consumidor, imagine com milhares de pessoas. Então a gente não pode admitir”, pontuou.
2025-06-09 13:12:00