No bairro da Vila Kosmos, Zona Norte do Rio, os roubos de celulares saltaram de 2 casos (em 2023) para 11 registros em 2024: um aumento de 450%. Já os roubos em coletivos, que não haviam sido registrados em 2023, somaram 3 casos no último ano. Os dados são do Mapa do Crime, do jornal O GLOBO.
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Por outro lado, os assaltos a pedestres apresentaram redução: foram 27 ocorrências em 2023, e 14 no ano seguinte, uma queda de 48,1%. O número de roubos de veículos também caiu, de 42 para 39 casos, redução de 7,1%.
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Qual é a diferença entre roubo a pedestre e roubo de celular?
Os crimes de roubo a pedestre e roubo de celular, que até podem acontecer ao mesmo tempo, são registrados de forma separada pelas autoridades — e há um motivo para isso. O roubo a pedestre — também chamado de roubo a transeunte — refere-se à subtração de qualquer bem pessoal feita com ameaça ou violência enquanto a vítima caminha pela rua, podendo incluir bolsas, carteiras, joias, entre outros itens.
Já o roubo de celular, como o nome indica, diz respeito exclusivamente aos casos em que o aparelho é o alvo do assalto. O telefone pode alimentar a engrenagem do crime de diversas formas: pode ser desbloqueado e usado para transferências bancárias, revendido de forma clandestina ou até desmontado para a venda de peças.
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Entenda o que é o Mapa do Crime
Quais são os bairros mais perigosos do Rio? Onde os roubos aumentaram? Qual o horário menos seguro para caminhar pela vizinhança? E que riscos rondam minha casa ou a escola do meu filho? Para ajudar a responder a essas perguntas e entender a dinâmica da violência na cidade, O GLOBO lançou neste mês o Mapa do Crime, ferramenta interativa de monitoramento de roubos no Rio com dados inéditos de delitos por bairros. Disponível no site do jornal e acessível tanto pelo computador quanto nos celulares e tablets, o mapeamento oferece informações sobre roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo — ameaças que afetam diretamente a vida da população — em 147 bairros da capital.
A ferramenta foi produzida a partir de microdados de mais de 250 mil registros de ocorrências obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP). O órgão, responsável por compilar as estatísticas da segurança no estado, divulga mensalmente indicadores divididos por áreas de batalhões e delegacias — que abrangem, na maioria dos casos, vários bairros. Buscando entender dinâmicas criminais hiperlocais, o GLOBO solicitou dados mais precisos de localização dos crimes e recebeu informações sobre os bairros onde cada ocorrência foi registrada, menor unidade territorial disponibilizada pelo ISP. É a primeira vez que indicadores criminais no Rio são divulgados com esse nível de detalhamento.
*Estagiário sob supervisão de Cláudia Meneses
2025-08-02 09:00:00