O governo do Rio de Janeiro solicitou a inclusão do Comando Vermelho (CV) na lista de sanções dos Estados Unidos, mais precisamente do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês). A iniciativa visa aplicar a integrantes da facção os mesmos mecanismos legais usados pelos EUA contra organizações criminosas transnacionais.
Segundo o documento sigiloso obtido pela coluna, o CV é classificado como uma organização terrorista insurgente. “O reconhecimento formal do Comando Vermelho como organização terrorista e/ou transnacional, de acordo com as normas dos EUA, representaria um divisor de águas na segurança hemisférica”.
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Secretário de Segurança do governo do RJ, Victor dos Santos
Agência Senado
Comandante da PM do RJ, Marcelo Menezes

Megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha (RJ)
Tercio Teixeira/Metrópoles
Megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha (RJ)
Tercio Teixeira/Metrópoles
Na prática, a medida tem como objetivo internacionalizar o combate ao crime organizado no Rio, ampliando a cooperação policial e financeira entre Brasil e EUA.
Se a facção e seus membros sofrerem sanções, será possível bloquear bens, contas e ativos em outros países e em instituições financeiras sob jurisdição dos Estados Unidos.
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Fluxos financeiros suspeitos
A OFAC mantém a chamada lista de Specially Designated Nationals (SDN), que reúne pessoas físicas e jurídicas com transações e bens bloqueados nos Estados Unidos. Empresas e instituições financeiras que mantêm relações com entidades incluídas nessa lista estão sujeitas a sanções severas.
A inclusão do Comando Vermelho nesse sistema ampliaria a vigilância sobre os fluxos financeiros da facção, sobretudo em operações de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas com conexões internacionais.
Nos últimos meses, a OFAC ganhou destaque no Brasil após incluir autoridades do país em sua lista de sanções. Em julho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes (STF) foi alvo das medidas por supostos “graves abusos de direitos humanos”, segundo comunicado do governo americano. Em setembro, a esposa do magistrado, Viviane Barci de Moraes, e o Instituto LEX, empresa ligada a família, também foram sancionados.
2025-11-03 15:01:00
								
															


