Preso por apologia e envolvimento com o tráfico, Poze do Rodo também é investigado por tortura e cárcere privado

Além de ser acusado por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico, o MC Poze do Rodo também é investigado por tortura e cárcere privado de um homem em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes. Na quinta-feira, o funkeiro


Além de ser acusado por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico, o MC Poze do Rodo também é investigado por tortura e cárcere privado de um homem em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes. Na quinta-feira, o funkeiro foi preso em uma ação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Civil. Durante a audiência de custódia, a Justiça do Rio decidiu manter a prisão.

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De acordo com o delegado Alan Luxardo, da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), o artista também é alvo de um inquérito que apura as acusações de cárcere privado e tortura. Segundo o depoimento da vítima, ele teria sido acusado por Poze de furtar um bracelete em sua residência, na Zona Oeste. Em seguida, teria sido agredido pelo MC e por vários de seus amigos.

Apologia ao crime e envolvimento com o tráfico

Poze foi preso no início da manhã de quinta-feira em sua residência, no Recreio dos Bandeirantes. A peça chave de sua investigação teria sido sua presença em um baile funk na Cidade de Deus, ocorrido dois dias antes da morte de um policial da Core durante uma operação na comunidade, há cerca de dez dias.

De acordo com as investigações, o MC realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV). Nessas apresentações, cita a polícia, há a presença ostensiva de traficantes armados com armas de grosso calibre, como fuzis, garantindo a “segurança” do artista e do evento.

Segundo a defesa, policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do funkeiro para recolher joias — muitas delas com símbolos que fariam referência a traficantes ligados à facção criminosa Comando Vermelho — além de celulares, eletrônicos, documentos e possíveis armas de fogo. No entanto, de acordo com o advogado, nenhuma arma foi encontrada na casa. O repertório das músicas apresentadas por MC Poze também foi analisado, o qual a polícia diz fazer “clara apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes”.

“A Polícia Civil reforça que as letras extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas”, afirma nota da secretaria.

De acordo com decisão judicial, a investigação da DRE indica que indiciado tenha forte vínculo com o CV, porque teria livre acesso às comunidades dominadas pela facção criminosa e faria os shows com apoio de pessoas armadas com fuzis, além de incentivar o tráfico de drogas e incitar a violência contra os traficantes de drogas pertencentes a outras facções criminosas, conforme divulgado pelo Tribunal de Justiça do Rio.



Conteúdo Original

2025-05-30 08:26:00

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