A Praça da Bandeira teve uma taxa de assaltos alta no ano passado, como mostra o Mapa do Crime, do O GLOBO. Juntando as modalidades de roubos levantadas na plataforma, houve uma ocorrência para cada 20 moradores da região, neste período.
A taxa de roubo de celulares por 100 mil habitantes foi a segunda da cidade, ficando apenas atrás do Centro. Os roubos de celulares mais do que dobraram, passado de 69 para 153, de 2023 para o ano passado, em alta de 121,7%. Outro indicador com aumento significativo foi o de roubos no transporte público, que subiu 81,3%, passando de 32 para 58.
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Os outros indicadores também demonstraram alta no bairro. Os carros e motos roubados foi de 29 para 38, crescendo 31%. Já os assaltos a pedestres ou motoristas foram de 90 para 101, em crescimento de 12,2%.
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Os crimes apresentados neste levantamento não contabilizam os furtos, quando o bandido passa e retira o bem da mão da vítima ou o pega escondido. São apenas roubos onde houve violência ou grave ameaça.
Entenda o que é o Mapa do Crime
Quais são os bairros mais perigosos do Rio? Onde os roubos avançaram? Quais é o horário menos seguro para caminhar pela vizinhança? Para ajudar a responder essas perguntas e entender a dinâmica da violência na cidade, o GLOBO desenvolveu o Mapa do Crime, uma ferramenta interativa de monitoramento de roubos no Rio com dados inéditos de delitos por bairros. Disponível no site do jornal, o mapeamento disponibiliza informações sobre quatro crimes diferentes — roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo — em 147 bairros diferentes da capital.
A ferramenta foi produzida a partir de microdados de mais de 250 mil registros de ocorrências obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP). O órgão, responsável por compilar as estatísticas da segurança no estado, divulga mensalmente indicadores divididos por áreas de batalhões e delegacias — que abrangem, na maioria dos casos, vários bairros. Buscando entender dinâmicas criminais hiperlocais, o GLOBO solicitou dados mais precisos de localização dos crimes e recebeu informações sobre os bairros onde cada ocorrência foi registrada, menor unidade territorial disponibilizada pelo ISP. É a primeira vez que indicadores criminais no Rio são divulgados com esse nível de detalhamento.
Qual é a diferença entre roubo a pedestre e roubo de celular?
Os crimes de roubo a pedestre e roubo de celular, que até podem acontecer ao mesmo tempo, são registrados de forma separada pelas autoridades — e há um motivo para isso. O roubo a pedestre — também chamado de roubo a transeunte — se refere à subtração de qualquer bem pessoal feita com ameaça ou violência enquanto a vítima caminha pela rua, podendo incluir bolsas, carteiras, joias, entre outros itens. Já o roubo de celular, como o nome indica, diz respeito exclusivamente aos casos em que o aparelho é o alvo do assalto. O telefone pode alimentar a engrenagem do crime de diversas formas: pode ser desbloqueado e usado para transferências bancárias, revendido de forma clandestina ou até desmontado para a venda de peças.
2025-07-27 11:02:00