Policial penal suspeito de feminicídio atendeu cunhado e disse que ‘fez m’ após o crime: ‘Ciúme extremo’

O policial penal Rodrigo Caldas, suspeito de matar a companheira Priscilla Azevedo Mundim, no sábado, no bairro Padre Eustáquio, em Belo Horizonte, atendeu uma ligação do cunhado e disse para ele chamar a polícia porque havia feito “merda”. A mulher


O policial penal Rodrigo Caldas, suspeito de matar a companheira Priscilla Azevedo Mundim, no sábado, no bairro Padre Eustáquio, em Belo Horizonte, atendeu uma ligação do cunhado e disse para ele chamar a polícia porque havia feito “merda”. A mulher foi encontrada sem vida dentro do apartamento. Parentes se despediram de Priscilla no Cemitério Parque da Colina, neste domingo.

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Horas antes do crime, a vítima havia relatado à irmã que “não estava aguentando” mais o relacionamento com Rodrigo. Fabíola Mundim contou à imprensa durante o velório que Priscilla afirmou se sentir sufocada pelo homem, que seria “muito possessivo”. Fabíola relatou seus últimos momentos com a irmã.

— Na sexta, eles (Rodrigo e Priscilla) estavam lá em casa, e eu senti um ciúmes extremo por parte dele — disse Fabíola. — Eu falei: ‘Sai fora, você não precisa disso’. E, na hora em que ela foi embora com ele, me deu um abraço apertado, como nunca tinha me dado antes. Olhou nos meus olhos e falou: ‘Irmã, eu te amo’. E foi embora. Eu senti algo tão ruim, uma angústia no peito — disse ela.

A família tentou entrar em contato com Priscilla na manhã seguinte, sem sucesso. Fabíola e o companheiro, Leonardo Alves de Sousa, decidiram então ir até a casa de Rodrigo. Os dois viram o carro do policial penal no local. Eles tentaram interfonar para o apartamento e para vizinhos, até que o agente atendeu uma ligação de Leonardo.

— Quando ele atendeu, ele falou nessas palavras: ‘Irmão, chame o 190 que eu fiz merda’ — relatou o cunhado da vítima.

Durante o velório, Leonardo disse que a família não tinha conhecimento de episódios de agressão, mas percebia o quão ciumento era Rodrigo. O cunhado relatou que o policial penal ficou incomodado em duas situações, na sexta-feira, um dia antes do crime.

Primeiro, por Priscilla tirar uma selfie e “não postar nada” com ele nas redes sociais. Leonardo tentou apaziguar a situação e citou várias imagens do casal no Instagram de Priscilla. Depois, Rodrigo também ficou “um pouco alterado” em uma conversa sobre futebol, disse o cunhado. A família, que é atleticana, teria feito uma brincadeira com ele, torcedor do Cruzeiro.

Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), Rodrigo Caldas estava afastado da corporação “por motivos psiquiátricos” desde 2024.

Depois de matar Priscilla, o agente feriu a própria barriga com uma faca. Ele foi encaminhado para um hospital de Belo Horizonte.



Conteúdo Original

2025-08-18 07:22:00

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