Policial civil e ex-servidor da Prefeitura de Queimados são presos em operação contra milícia na Baixada Fluminense

Um policial civil foi preso nesta terça-feira em Queimados, na Baixada Fluminense, durante uma operação de combate a uma milícia que age no município. Flavio Cordeiro Candreva é acusado de fornecer armas e dar cobertura a integrantes do grupo criminoso.


Um policial civil foi preso nesta terça-feira em Queimados, na Baixada Fluminense, durante uma operação de combate a uma milícia que age no município. Flavio Cordeiro Candreva é acusado de fornecer armas e dar cobertura a integrantes do grupo criminoso. Outras duas pessoas foram presas. Paulo Alberto de Lima, o Paulinho motorista é ex-funcionário da a Secretaria municipal de Assistência Social e, segundo as investigações, usava o carro do Conselho Tutelar para transportar milicianos quando ainda trabalhava na pasta. Contra o chefe da quadrilha, João Carlos Lustosa da Costa, o João Jacutinga, que está preso por outros crimes, foi cumprido um novo mandado de prisão. Outras duas pessoas estão foragidas.

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A ação faz parte da Operação Mibius, deflagrada pela Polícia Civil do Rio em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público estadual (Gaeco/MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), além de equipes da 55ª DP (Queimados) e da 60ª DP (Campos Elíseos). Os investigados foram denunciados pelo Gaeco pelos crimes de constituição de milícia privada e extorsão qualificada.

Segundo o MPRJ, o policial civil alvo da operação teria fornecido armas ao grupo e tentado impedir a prisão de comparsas. Já o servidor municipal teria atuado como motorista dos criminosos, além de repassar informações e intermediar encontros entre os líderes da milícia.

As investigações apontam que o grupo explorava os bairros de Fanchem, Porteira e Paraíso, onde extorquia dinheiro de comerciantes e mototaxistas. Sob ameaça armada, cobrava taxas de segurança e, em alguns casos, chegava a recolher as chaves das motocicletas como forma de coação. Para dar aparência de legalidade, os criminosos usavam a fachada de uma empresa chamada Mibius Segurança Privada, que distribuía cartões com contatos e chaves PIX para recolhimento do dinheiro.

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A operação foi deflagrada após prisões em flagrante realizadas por agentes da 55ª DP, que, a partir da análise de celulares e outras provas, conseguiram contribuir para aprofundar as investigações e identificar novos integrantes do grupo criminoso.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa e a operação conta com apoio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

O que diz a Prefeitura de Queimados

Em nota, a Prefeitura de Queimados afirmou que dá “total apoio ao Ministério Público e à Polícia Civil no enfrentamento à milícia em nosso município, e repudia qualquer conduta indevida por parte de agentes públicos”. O texto destaca que “o governo municipal tem se dedicado intensamente a colaborar com as forças de segurança, buscando reduzir os índices de violência e combater de forma assertiva o crime organizado na cidade. Nesse contexto, colocamos à disposição das polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal e do Ministério Público a nossa Central de Monitoramento, que conta com 360 câmeras espalhadas por toda a cidade, incluindo tecnologias de reconhecimento de placas e facial”.

Sobre o ex-servidor, a prefeitura esclareceu que ele foi exonerado em julho de 2024. “É importante destacar que, em 2024, o acusado se candidatou a vereador em uma chapa de oposição, o que reforça que não há qualquer relação entre ele e a prefeitura ou a atual gestão”, informou a nota. “A Prefeitura de Queimados repudia veementemente as ações desse ex-funcionário e reafirma sua total disposição em colaborar com as autoridades nas investigações”, frisou o texto.



Conteúdo Original

2025-09-02 08:59:00

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