A Polícia Civil informou que o programa Segurança Presente está utilizando câmeras de reconhecimento facial para tentar localizar o professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Antonio Petraglia, de 70 anos, desaparecido desde o último dia 12. As buscas, que seguem em andamento, também mobilizam o Corpo de Bombeiros, com varreduras terrestres e aéreas em toda a área do Morro da Urca, na costa da Zona Sul do Rio. Além disso, todos os hospitais da cidade também foram avisados.
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De acordo com a corporação, equipes realizaram inspeções em trilhas, áreas de mata, bifurcações, acessos secundários e no costão do morro. O trabalho conta com o apoio de guarda-vidas e operadores de embarcações, que monitoram toda a costa em busca de novos pontos de interesse ou indícios do paradeiro do professor.
Segundo nota divulgada pelos bombeiros, todos os recursos permanecem à disposição da operação — incluindo motos-aquáticas, quadriciclos, botes infláveis avançados, mergulhadores, aeronaves, drones e sonares.
Antonio Petraglia desapareceu após sair para sua caminhada habitual. Diagnosticado com Alzheimer, o professor costumava fazer passeios curtos por recomendação médica, usando um colar de identificação e um AirTag, dispositivo eletrônico usado para rastrear objetos pessoais. Ele foi visto pela última vez, no domingo, dia 12 de outubro, entrando na pista Cláudio Coutinho, na Urca, por volta das 17h, segundo familiares. O idoso era monitorado por um aplicativo de localização, cujo sinal parou na área da trilha.
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Nos últimos dias, no entanto, a família recebeu novos relatos que indicam que Petraglia possa ter deixado a região. Perfis criados nas redes sociais para ajudar nas buscas reuniram testemunhos de pessoas que afirmam tê-lo visto em diferentes pontos do Rio, como Lapa, Glória e Centro.
Segundo parentes, três religiosas de uma ONG que distribui refeições a pessoas em situação de vulnerabilidade afirmaram ter visto o professor almoçando na última quinta-feira, na Lapa. Amigos próximos contam que na juventude o idoso chegou a morar na Avenida Mem de Sá, umas das ruas principais da Lapa.
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— Ele deve estar com a memória seletiva. Todos esses dias, sem tomar o medicamento para Alzheimer, deve ter piorado a situação. Acho que talvez ele esteja rondando essa região por ter memória afetiva da juventude com o local — afirmou a amiga da família.
A família afirma já ter obtido acesso a algumas imagens de câmeras de segurança, que foram entregues à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), responsável pela investigação. O caso foi inicialmente registrado na 10ª DP (Botafogo).
2025-10-21 16:49:00