O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi disse, nesta terça-feira, no velório do agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), José Antônio Lourenço, que a corporação vai dar uma resposta adequada, com uso de inteligência e investigação, para a morte. Curi disse que a polícia trabalha em silêncio. O delegado citou as investigações sobre a morte de João Pedro Marquini, também agente da Core, que foi assassinado no dia 30 de março, e do ataque à 60ª DP (Campos Elíseos), em fevereiro.
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— No momento adequado, vamos dar a resposta. Na 60ª DP (no ataque), respondemos com 40 presos e 13 neutralizados. Da mesma forma, na morte do Marquini. Não vai ser diferente com o caso do policial José Lourenço — afirmou o secretário.
José Antônio Lourenço foi sepultado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Centenas de policiais civis e da Polícia Rodoviária Federal foram ao enterro. Em homenagem ao agente, um helicóptero lançou pétalas de rosas e foi disparada uma salva de tiros de festim. Victor Santos, secretário de Segurança Pública, também esteve no cemitério. Ele reforçou o discurso de Felipe Curi e disse que a morte “não ficará impune”.
Policiais se despedem de agente da Core morto na Cidade de Deus
O policial da Core morreu durante uma operação da corporação na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. O agente chegou a ser socorrido para o Hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas seu estado era “muito grave” e não resistiu, informou a Secretaria municipal de Saúde. Segundo a Polícia Civil, o agente foi “brutalmente assassinado por criminosos” durante a ação. No início desta tarde, as pistas da Linha Amarela chegaram a ser interditadas por 20 minutos no sentido Fundão, na altura da Cidade de Deus, devido a uma manifestação.
Na ocasião, a Polícia Civil realizava uma força-tarefa na Cidade de Deus, em conjunto com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae e concessionárias, para combater a venda de gelo contaminado para bares e quiosques das praias da Barra e do Recreio. O objetivo era chegar a uma fábrica na comunidade, para identificar possíveis crimes ambientais: o estabelecimento foi interditado por uso de água contaminada e um responsável foi levado para a delegacia.
A operação foi um desdobramento de outra ação, de fevereiro, em que blitz em pontos de distribuição de gelo identificou que ao menos a fábrica da Cidade de Deus vendia gelo contaminado por coliformes fecais e outras substâncias nocivas à saúde.
2025-05-20 15:21:00