A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na noite desta sexta-feira (22), Diogo da Silva Marques, conhecido como Diogo Marley, apontado como o mandante da tentativa de execução de uma mulher de 36 anos em Jardim Sulacap, na Zona Oeste da cidade. A vítima foi atacada a tiros na porta de casa, na última quarta-feira (20), em frente ao marido e as duas filhas. Baleada ao menos 13 vezes, ela segue internada em estado gravíssimo.
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Segundo as investigações da 33ª DP (Realengo), Diogo atuava como agiota e vinha pressionando a vítima para pagar uma dívida. Mesmo após alguns pagamentos, ele teria decidido matá-la.
“Diogo ameaçou a vítima de forma reiterada, em especial na véspera do crime, quando disse que se o dinheiro não caísse na conta dele até as 11h, ‘ela receberia visitas’. E de fato aconteceu”, afirmou o delegado Flavio Rodrigues à TV Globo.
Na delegacia, o suspeito admitiu que emprestou dinheiro à mulher e a ameaçou, mas negou ter mandado executá-la. Contra Diogo havia um mandado de prisão temporária expedido pela 2ª Vara Criminal da Capital. Ele foi detido enquanto trabalhava como fotógrafo assistente nos Estúdios Globo, em Jacarepaguá, e não resistiu à abordagem. Após a prisão, a Globo informou que desligou o funcionário.
Mulher é baleada 13 vezes em tentativa de execução na Zona Oeste do Rio
Imagens de câmeras de segurança flagraram toda a ação às 13h de quarta-feira, quando a vítima se preparava para sair de casa com o marido e as filhas. Enquanto o pai trancava o portão, as meninas se posicionavam para entrar no carro, e a mulher já havia se sentado no banco do carona.
Segundos depois, um sedã preto parou ao lado do veículo da família. Um homem de preto, usando touca, óculos escuros e luvas, desceu do banco traseiro e abriu fogo.
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“Ele até abriu a porta do veículo onde a vítima estava para atirar mais vezes”, detalhou o delegado.
Após os disparos, o atirador voltou para o carro preto, que saiu rapidamente da rua. O Renault Duster da família ficou crivado de balas. Marcas ainda podiam ser vistas no vidro do carona, que foi periciado pela Polícia Civil.
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A polícia agora tenta identificar todos os envolvidos e apura se o próprio Diogo participou diretamente da execução.
“A investigação agora segue com o objetivo de identificar os demais comparsas dessa empreitada, bem como outras vítimas que porventura também sofreram ameaças por parte do Diogo”, completou Rodrigues.
2025-08-23 12:49:00