Polícia prende homem apontado como braço armado da milícia de Zinho | Rio de Janeiro

Alexandre Souza da Silva, vulgo Xandão, é apontado como o braço de guerra da milícia de Zinho – Divulgação/Polícia Civil Alexandre Souza da Silva, vulgo Xandão, é apontado como o braço de guerra da milícia de ZinhoDivulgação/Polícia Civil Publicado 04/06/2025




Alexandre Souza da Silva, vulgo Xandão, é apontado como o braço de guerra da milícia de ZinhoDivulgação/Polícia Civil

Rio – Policiais da 17ª DP (São Cristóvão) prenderam, no início da tarde desta quarta-feira (4), Alexandre Souza da Silva, conhecido como Xandão, em Inhoaíba, na Zona Oeste do Rio. Ele é apontado pelos investigadores como braço de guerra da milícia do Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho.
A ação, coordenada pela delegada Márcia Beck, foi considerada um “duro golpe” contra o grupo criminoso. Segundo as investigações, Xandão era o responsável pelas ações armadas da milícia na região de Itaguaí, na Região Metropolitana. A prisão aconteceu após um trabalho de inteligência da 17ª DP, que identificou a presença do miliciano em Inhoaíba, área sob forte influência do grupo. Ele estava com um fuzil no momento em que foi abordado.

Além da arma, os policiais apreenderam um colete à prova de balas, um distintivo e outros materiais de uso restrito. O colete chamava atenção por conter uma alusão à série de TV Peaky Blinders, usada como símbolo de ostentação por grupos criminosos.

Alexandre foi autuado por porte ilegal de arma de uso restrito, organização criminosa armada e uso indevido de insígnia pública. Ele foi encaminhado ao sistema prisional e está à disposição da Justiça. As investigações continuam para localizar outros integrantes da quadrilha.

Quem é Zinho

Luiz Antônio da Silva Braga, mais conhecido como Zinho, é o chefe da maior milícia que atua no estado do Rio de Janeiro. Ele se entregou à Polícia Federal na véspera de Natal de 2023.

Zinho era considerado o criminoso mais procurado do Rio e estava foragido desde 2018. Em sua ficha criminal, ele soma 12 mandados de prisão por diferentes crimes. O miliciano se entregou após fazer negociações durante uma operação conjunta da Secretaria de Estado de Segurança e da Superintendência da Polícia Federal do estado.

Ele comandou ações criminosas que pararam a Zona Oeste após a morte de seu sobrinho, Matheus da Silva Rezende, vulgo Faustão, em outubro deste ano. Faustão morreu durante uma troca de tiros com policiais civis na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz.

Na ocasião, em apenas um dia, a cidade do Rio teve o maior número de ônibus queimados de sua história, segundo dados da Rio Ônibus. Segundo o sindicato, foram 35 veículos queimados, sendo 20 da operação municipal, cinco BRTs e outros 10 de turismo e fretamento.

Zinho assumiu a liderança da milícia que atua em Campo Grande, Santa Cruz e Paciência em 2021, dois meses após a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, seu irmão e antigo líder do bando.
Wellington foi um dos responsáveis por expandir os domínios da organização fundada por outro irmão, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, que morreu em 2017. Ambos faleceram após confrontos com policiais.



Conteúdo Original

2025-06-04 20:29:00

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