Polícia pede a prisão temporária de suspeito de envolvimento na morte de professora Fernanda Bonin

A decretação da prisão depende de decisão judicial, e não foi divulgada a identidade do suspeito até o momento.

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O carro, uma Hyundai Tucson, foi localizado no último sábado (3), cinco dias após Fernanda ter sido encontrada morta. Ela saiu de sua casa no Jaguaré, Zona Oeste, na noite do dia 27 e nunca mais voltou. Seu corpo foi encontrado com sinais de estrangulamento na manhã do dia 28, na região de Interlagos, Zona Sul da capital.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, quando o carro foi periciado, os investigadores identificaram uma impressão digital parcial no veículo. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que segue analisando imagens de câmeras de segurança dos locais pelos quais a vítima passou e dos arredores de onde foram localizados o carro e o corpo.

Fernanda Bonin tinha 42 anos e dava aula de matemática em uma escola particular da Zona Oeste. Ela foi achada morta com sinais de estrangulamento em um terreno na Avenida João Paulo da Silva, em Interlagos. A vítima saiu de casa, no bairro do Jaguaré, por volta das 19h do dia 27 de abril, após receber uma ligação da ex-esposa, Fernanda Fazio, pedindo ajuda com um carro quebrado.

A ex-companheira de Bonin já prestou depoimento duas vezes à Polícia Civil, e o veículo de Fazio será periciado, porque a polícia quer analisar se de fato houve problemas na caixa de câmbio, conforme ela relatou à polícia. De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, investigadores viram algumas inconsistências no depoimento da companheira da vítima.

Bonin e Fazio foram casadas por oito anos, mas estavam separadas há cerca de um ano. As duas tinham duas filhas e, segundo o relato de Fazio à polícia, estavam separadas e em processo de reconciliação.

Bonin foi filmada saindo do edifício onde morava, mas nunca chegou à Avenida Jaguaré, onde a ex-companheira afirmava precisar de ajuda com o carro. Fazio disse à polícia que o veículo teria voltado a funcionar e que reportou o sumiço da professora no dia seguinte, após a vítima não comparecer ao trabalho. Bonin foi encontrada morta em um terreno baldio, vestida e com sinais de estrangulamento no pescoço.

Imagens de câmeras de segurança obtidas pelo g1 mostram o momento em que um homem e uma mulher abandonam o carro da professora nos arredores do Autódromo de Interlagos. Os registros exibem a dupla saindo do carro, olhando para os lados e depois se distanciando. A polícia apurou que os suspeitos passaram pela estação Autódromo, da Linha 9 (Esmeralda), e atravessaram para o outro lado do bairro sem pegar o trem.