A estudante de direito e motorista de ônibus Michelle Paiva da Silva, de 42 anos, foi presa nesta terça-feira, por policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense(DHBF) e homens da Polícia Civil de São Paulo. Detida na porta de uma universidade, no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, ela é suspeita de envolvimento na morte do próprio pai, o aposentado Neil Corrêa da Silva, de 65. Ele morreu no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, horas após comer uma feijoada.
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O caso aconteceu no dia 26 de abril de 2025. A polícia suspeita de envenenamento, embora a certidão de óbito do aposentado aponte como causa da morte insuficiência respiratória aguda, cetoacidose diabética, parada cardiorrespiratória e crise convulsiva. Nesta quinta-feira, o corpo de Neil deverá ser exumado e passará uma perícia. O exame vai tentar esclarecer se há indícios ou não de que a comida teria sido misturada a algum produto venenoso.
Segundo o delegado Renato Martins, da DHBF, o caso pode estar relacionado a três outros homicídios ocorridos em São Paulo. Ele já investigava a morte suspeita do aposentado, após a denúncia feita por uma testemunha, quando a polícia paulista procurou à especializada para informar que Ana Paula Azevedo Fernandes, amiga da estudante, havia sido presa. Ana foi denunciada pelo Ministério Público de São Paulo por mortes relacionadas a envenenamento.
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Ela e a estudante estavam na companhia do aposentado, no interior da residência dele, quando o idoso passou mal, após comer uma feijoada. Ele morreu horas depois de ser internado em um hospital. Uma quebra de sigilo telefônico, autorizada pela Justiça, revelou que no celular usado por Ana havia conversas das duas mulheres. Segundo a polícia, uma das mensagens falava sobre a hipótese do pai de Michelle ser envenenado com uma feijoada. Conforme as investigações, pai e filha não mantinham um bom relacionamento.
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A estudante foi detida após ter tido a prisão temporária decretada pela Justiça de São Paulo. Informalmente, ela negou o crime, e chorou ao chegar na delegacia. Ela deverá ser submetida a uma audiência de custódia nos próximos dias. Na ocasião, um juiz decidirá sobre a validade ou não da prisão. O Globo não conseguiu contato com a defesa de Michelle Paiva da Silva. O espaço segue aberto para atualizações.
2025-10-08 18:18:00