“Encontramos um artefato explosivo improvisado em um carro ligado ao agressor falecido”, declarou o comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, em entrevista coletiva.
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A polícia classificou o ataque como “terrorista” e informou que um dos suspeitos foi morto e o segundo está em estado crítico. Em um pronunciamento televisionado, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, afirmou que a ação teve como alvo a comunidade judaica durante o evento chamado de “Chanukah by the Sea”.
— Este é um ataque direcionado contra judeus australianos no primeiro dia do Hanukkah, que deveria ser um dia de alegria, uma celebração da fé — disse Albanese. — Um ato de maldade, antissemitismo e terrorismo que atingiu o coração da nossa nação.
O presidente israelense, Isaac Herzog, classificou o ataque como “cruel contra os judeus” e instou as autoridades australianas a intensificarem o combate ao antissemitismo.
‘Completamente previsível’
A praia de Bondi, no leste de Sydney, é uma das mais populares do país e atrai inúmeros banhistas e turistas, especialmente nos fins de semana.
— Ouvimos os tiros. Foi chocante; parecia que foram dez minutos de ‘bang, bang, bang’. Parecia uma arma potente — disse à AFP Camilo Díaz, um estudante chileno de 25 anos que estava no local.
Os serviços de emergência receberam as primeiras ligações por volta das 18h47 (4h47 no horário de Brasília), segundo a polícia.
A colina coberta por grama que leva à praia de Bondi estava repleta de pertences abandonados por pessoas que fugiram do local, incluindo um carrinho de bebê, relatou um jornalista da AFP presente no local. Equipes médicas atendiam várias pessoas deitadas na grama à beira da praia, de acordo com imagens da emissora pública ABC.
Uma arma que parecia ser uma espingarda estava ao lado de uma árvore na área.
— Houve um ataque a tiros, dois agressores vestidos de preto com fuzis semiautomáticos — disse o turista britânico Timothy Brant-Coles à AFP.
Outra testemunha, Harry Wilson, um morador local de 30 anos, disse ao Sydney Morning Herald que viu “pelo menos dez pessoas no chão e sangue por toda parte”.
O presidente da Associação Judaica da Austrália, Robert Gregory, disse à AFP que o ataque foi “uma tragédia, mas completamente previsível” e denunciou o governo por “não tomar medidas adequadas para proteger a comunidade judaica”.
2025-12-14 08:42:00



