Polícia de SP aponta lutador de jiu-jitsu como suspeito de envolvimento na morte de empresário em Interlagos

Um dos investigados é o lutador de jiu-jítsu Leandro Talles, que tem antecedentes criminais por furto, ameaça e, segundo a polícia, possuía munições de calibre .38 em sua casa. Após ser ouvido na delegacia, ele pagou fiança — após ser


Um dos investigados é o lutador de jiu-jítsu Leandro Talles, que tem antecedentes criminais por furto, ameaça e, segundo a polícia, possuía munições de calibre .38 em sua casa. Após ser ouvido na delegacia, ele pagou fiança — após ser autuado em flagrante por ter munições sem possuir porte de armas — e foi liberado.

— É prematuro dizer que ele é o principal suspeito, mas só o fato de ele (Leandro) não estar na lista de seguranças apresentada pela empresa (solicitada pela polícia), não trabalhar no dia seguinte, além dos antecedentes… (são indícios) — disse o delegado responsável pela investigação, Rogério Thomaz.

De acordo com os responsáveis pelo caso, haverá uma investigação para apurar se houve má-fé por parte da empresa de segurança ao apresentar uma lista de funcionários incompleta aos investigadores. Segundo o secretário executivo de Segurança Pública, Nico Gonçalves, a empresa não cooperou, já que havia seguranças presentes no evento que não constavam na lista disponibilizada à Polícia Civil.

— No momento, eles estão na qualidade de investigado. Ninguém está culpando ninguém. Não tem nada descartado, mas estão na condição de investigado. Um deles foi autuado, que estava com uma munição na casa dele. Pagou fiança e vai embora — destacou Nico sobre as pessoas ouvidas nesta sexta-feira.

Nas buscas, os investigadores apreenderam cinco notebooks e sete celulares, além de 21 munições de calibre .38.

Ainda não há resposta para o que teria motivado o crime. Uma das hipóteses investigadas pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é que o empresário tenha se envolvido em alguma briga ao buscar seu carro em um local proibido para ir embora. Para acessar o veículo, ele teria atravessado uma área restrita, e poderia ter sido barrado por algum segurança.

O sangue de uma mulher encontrado no carro, segundo a polícia, é de um momento anterior ao caso. Investigadores não descartam que quem assassinou o empresário tenha tido ajuda.

Júnior desapareceu em 30 de maio, depois de ir a um evento de motociclismo no autódromo. Seu corpo foi encontrado em 3 de junho por um funcionário da obra, dentro do buraco. Câmeras de segurança gravaram os últimos momentos do empresário caminhando no estacionamento do local.

Segundo a perícia do Instituto Médico Legal (IML), o laudo necroscópico apontou que a causa da morte foi asfixia, provocada provavelmente pela compressão dos pulmões dentro do buraco. Também foram encontradas escoriações no pescoço de Júnior, que sugerem uma possível esganadura cometida por outra pessoa.

Sete seguranças do evento já tinham prestado depoimento à polícia. Entre homens e mulheres, considerando profissionais do autódromo, do kartódromo e os especialmente contratados para o evento, 188 pessoas trabalharam naquela noite.



Conteúdo Original

2025-07-18 18:05:00

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