A Polícia Civil prendeu, neste sábado (19), um dos suspeitos de participar do atentado conta o bicheiro Vinícius Drumond. O filho do falecido contraventor Luizinho Drumond teve o carro metralhado no último dia 11, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e conseguiu escapar sem ferimentos graves. Policiais civis da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) realizam, neste sábado(19), uma operação contra envolvidos na tentativa de homicídio.
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De acordo com a Polícia Civil, Deivyd Bruno Nogueira Vieira, o Piloto, é ex-policial militar e foi localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele foi expulso da corporação após praticar receptação de veículo roubado e tráfico de drogas. Além do cumprimento do mandado de prisão temporária expedido a partir da investigação da DHC, ele também foi autuado em flagrante por porte de arma de uso restrito.
As investigações da DHC apontam que também participaram do atentado Rafael Ferreira Silva, o Cachoeira, Adriano Carvalho de Araújo, e o policial militar da ativa Luís César da Cunha, lotado no 15º BPM.
A polícia, agora, apura a ligação dos presos com o bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho. Cachoeira foi preso em 2022 por participar do sequestro de uma mulher, em Nilópolis. A vítima era parente de um homem que atuava no comércio de cigarros ilegais — negócio dominado por Adilsinho. Cachoeira também é citado num funk criado por integrantes da quadrilha de Adilsinho para comemorar o homicídio de Marquinhos Catiri, miliciano que era rival do bicheiro.
Adilsinho e Vinicius eram aliados, mas já vinham se desentendendo desde meados de 2024. Vinicius não teria aceitado a saída de Manuel Agostinho Rodrigues Miranda — ex-braço direito de seu pai e responsável pela gestão dos bingos da família — para o lado de Adilsinho. O funcionário alegou que se aposentaria, o que não era verdade.
Em setembro daquele ano, Agostinho foi assassinado em Del Castilho, na Zona Norte, dentro de um carro blindado. Os criminosos dispararam, pelo menos, 38 tiros em direção à porta do motorista. O impacto foi tão violento que a maçaneta foi arrancada, o que permitiu a entrada das balas no veículo. Os investigadores da DHC têm como principal linha de investigação o envolvimento de Vinicius no homicídio.
Adilsinho, por sua vez, não teria deixado o caso passar em branco. A polícia investiga o homicídio do ex-PM André da Silva Aleixo, segurança de Vinicius, no mês seguinte, como um possível acerto de contas.
Vinícius Drumond teve o Porsche Taycan Turbo blindado que dirigia no último dia 11 atingido por mais de 30 tiros numa das vias mais movimentadas da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O atentado aconteceu por volta das 11h, na Avenida das Américas, nas proximidades do VillageMall. Os bandidos emparelharam um veículo ao lado do Porsche e dispararam tiros de fuzil. Apesar dos disparos, Vinícius foi ferido apenas por estilhaços.
De acordo com as investigações, os automóveis envolvidos na ação criminosa seguiram pela Avenida das Américas e acessaram a Avenida Lúcio Costa, a partir de onde passaram a traçar caminhos distintos. O carro de onde partiram os tiros foi encontrado no bairro de Guaratiba, abandonado, com um dos pneus estourado, enquanto o outro foi para o município de Duque de Caxias.
Segundo a Polícia, após abandonarem o automóvel em Guaratiba, seus ocupantes, todos portando armas longas e balaclavas, abordaram a proprietária de um outro veículo e a obrigaram a transportá-los até Nova Iguaçu, às margens da Rodovia Presidente Dutra. Lá, eles foram “resgatados” por outro integrante da organização criminosa.
“A investigação demonstrou que os autores iniciaram a empreitada criminosa em Duque de Caxias e para lá retornaram, percorrendo uma distância superior a 60 quilômetros. Houve a arrecadação e análise de diversas imagens de câmeras de segurança, que permitiram demonstrar, até o momento, que os envolvidos monitoraram a vítima nos dias que antecederam à ação, e permitiram, também, refazer todo o percurso dos veículos antes e após o crime. Identificou-se, ainda, que dois dos indivíduos alvos da ação deste sábado fazem parte de uma organização criminosa atuante em Caxias, sendo ambos investigados também pela participação na execução do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrida em fevereiro de 2024, no Centro do Rio. As diligências seguem para localizar e capturar todos os suspeitos identificados. Contra eles, há mandados de prisão preventiva”, diz a nota da Polícia Civil.
2025-07-19 14:48:00