A Polícia Civil de Santa Catarina indiciou, nesta segunda-feira, dois funcionários de uma pet shop de Florianópolis pela morte da cadela Nana, da raça shih tzu, ocorrida no dia 8 de maio. A cachorra foi enforcada.
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A dupla deverá responder pelo crime de maus-tratos qualificado. Segundo a investigação, os dois funcionários deixaram a cachorra em uma bancada alta, amarrada com uma corda pelo pescoço. Ela chegou a ficar sozinha, enquanto aguardava a chegada do dono.
Em dado momento, a cadela se agitou e caiu da bancada, sendo enforcada pela corda.
O procedimento padrão do pet shop determinava que o animal fosse levado até o canil do local após a secagem. Aos policiais, os suspeitos explicaram que, no caso da cadela, esse protocolo não era seguido. Eles argumentaram que era comum mantê-la na bancada pois ela costumava ficar ansiosa no canil, podendo se machucar, além de urinar e defecar.
“Ocorre que o suposto comportamento agitado da canídea, o qual o tutor refuta, não justifica a não observância de protocolo que resguarde a integridade física e psicológica, isto é, o bem-estar do animal em atendimento. No caso da cadela, além de ser deixada em local de risco que culminou com sua morte, verificou-se que a cachorrinha ali permaneceu amarrada por quase 03 horas, sem acesso à água e sem ambiente para suas necessidades fisiológicas”, disse a Polícia Civil em nota.
A Polícia Civil indiciou a responsável por amarrar a cachorra sobre a bancada quanto o funcionário que deixou a cadela sozinha. O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) foi notificado para adotar as providências cabíveis.
No dia 10 de maio, Eduardo Carvalho Motta, dono de Nana, fez uma publicação em homenagem à cadela no qual pedia justiça pela morte. “Horas depois, quando fui buscá-la, a encontrei morta, deitada no chão gelado da área de banho da clínica, com um paninho preto por cima do seu corpinho. Os olhinhos esbugalhados e a língua já roxa, para fora da boca”.
2025-05-19 17:32:00