Policiais efetuaram as prisões após dias de investigaçãoDivulgação/ Polícia Civil
De acordo com a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), o grupo operava com sofisticação e controle territorial, mantendo um verdadeiro “plantão criminoso” 24 horas, onde celulares roubados eram comprados, desbloqueados e revendidos. A estrutura incluía um escritório equipado com softwares avançados e ferramentas tecnológicas de última geração para desbloqueio de aparelhos.
A quadrilha, segundo as investigações, agia de forma articulada também em grandes eventos, como shows e festivais, aproveitando a aglomeração para intensificar os furtos de celulares. Durante a operação, os criminosos estavam estrategicamente posicionados à espera de integrantes do grupo que atuariam no show da cantora Lady Gaga, indicando o alto grau de planejamento das ações.
Além da receptação e desbloqueio, parte dos envolvidos vendia cursos virtuais ilegais para ensinar técnicas de invasão e liberação de aparelhos, ampliando a atuação do grupo para o ambiente digital. Os criminosos também são investigados por fraudes bancárias, cometidas por meio de aplicativos instalados nos dispositivos das vítimas após os roubos.
Durante a ação, a Polícia Civil apreendeu cerca de 200 celulares, seis notebooks, máquinas de cartão e diversas peças de celulares. Todo o material será submetido à perícia técnica para aprofundar as investigações e identificar conexões com crimes cibernéticos e financeiros.
As apurações indicam que o grupo exercia intimidação sobre comerciantes locais, impondo regras próprias e ameaçando até mesmo vendedores de celulares furtados que não estivessem vinculados à quadrilha.
Com a Operação Rastreio, a Polícia Civil reafirma seu compromisso de atacar todas as etapas da cadeia criminosa que envolve o mercado ilegal de celulares, desde os roubos e furtos até as estruturas tecnológicas que sustentam o esquema e favorecem a impunidade.
2025-05-04 09:15:00