Polícia apreende avião, carros e imóveis de luxo em operação contra lavagem de dinheiro do PCC; veja fotos

A Polícia Civil do Piauí deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Carbono Oculto 86, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) em postos de combustíveis nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins.


A Polícia Civil do Piauí deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Carbono Oculto 86, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) em postos de combustíveis nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins. 49 postos foram interditados e, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), foram apreendidos imóveis, uma aeronave, veículos de luxo e ativos financeiros.

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Ao todo, foram expedidos 17 mandados de busca e apreensão nos três estados e também em São Paulo, onde se concentra o núcleo principal da organização, e todos já foram cumpridos. De acordo com a SSP-PI, o grupo criminoso utilizava empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para fraudar o mercado de combustíveis e ocultar patrimônio obtido de forma ilegal.

Operação Carbono Oculto no Norte e Nordeste contra o PCC — Foto: Divulgação/SSPPI

Operação Carbono Oculto no Norte e Nordeste contra o PCC — Foto: Divulgação/SSPPI
Operação Carbono Oculto no Norte e Nordeste contra o PCC — Foto: Divulgação/SSPPI

Operação Carbono Oculto no Norte e Nordeste contra o PCC — Foto: Divulgação/SSPPI
Operação Carbono Oculto no Norte e Nordeste contra o PCC — Foto: Divulgação/SSPPI

Operação Carbono Oculto no Norte e Nordeste contra o PCC — Foto: Divulgação/SSPPI
Operação Carbono Oculto no Norte e Nordeste contra o PCC — Foto: Divulgação/SSPPI

Saiba a localização dos postos:

  • Piauí: Teresina, Lagoa do Piauí, Demerval Lobão, Miguel Leão, Altos, Picos, Canto do Buriti, Dom Inocêncio, Uruçuí, Parnaíba e São João da Fronteira;
  • Maranhão: Caxias, Alto Alegre e São Raimundo das Mangabeiras;
  • Tocantins: São Miguel do Tocantins.

As investigações identificaram ligações diretas entre empresários locais e operadores financeiros já investigados na primeira fase da Operação Carbono Oculto, deflagrada em São Paulo pela Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público e Polícia Militar.

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Em agosto, uma megaoperação com cerca de 1.400 agentes foi deflagrada em São Paulo para combater um esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis. Segundo as investigações, entre 2020 e 2024, empresas formuladoras de combustível ligadas à facção importaram R$ 10 bilhões em nafta, hidrocarbonetos e diesel, usando dinheiro ilegal da facção. Essas empresas sonegavam impostos — que totalizaram R$ 8,67 bilhões — e também adulteravam combustíveis distribuídos nos postos.

Ainda de acordo com as investigações, as lojas de conveniência e as administradoras desses postos, além de padarias, também participavam do esquema. Mais de mil postos em dez estados eram usados pela organização criminosa.

De acordo com a Receita Federal e o Ministério Público de São Paulo (MPSP), tratava-se de um esquema complexo com várias frentes, que começava nas usinas sucroalcooleiras e na formulação de gasolina e diesel, e seguia com um esquema de ocultação de dinheiro por meio de fintechs e fundos de investimento. Durante a operação, a polícia fez buscas na Avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo.

Esquema do PCC permitiu movimentação de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024 — Foto: Editoria de Arte
Esquema do PCC permitiu movimentação de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024 — Foto: Editoria de Arte

Dos 350 alvos da primeira fase da operação, 42 estavam na Faria Lima, incluindo fundos de investimento, gestoras e corretoras, além de fintechs. Entre as empresas investigadas estava a Reag Investimentos, gestora independente de recursos com ações negociadas na B3. Em seu site, a Reag se define como a maior gestora independente do Brasil (sem ligação com bancos), com R$ 299 bilhões sob gestão. Por ter suas ações negociadas na B3, a gestora garante seu compromisso com a transparência.

Segundo a Receita Federal, pelo menos 40 fundos de investimentos, com patrimônio de R$ 30 bilhões, eram controlados pelo PCC. De acordo com o órgão, as operações de lavagem de dinheiro aconteciam justamente no mercado financeiro paulista, através de membros infiltrados na Faria Lima.



Conteúdo Original

2025-11-05 07:59:00

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