PF: milícia usou gatonet e gás para coagir eleitores no RJ

A Polícia Federal (PF), com o apoio do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), deflagrou uma operação, nesta terça-feira (2/12), contra uma organização criminosa que atua de forma estruturada para interferir indevidamente no processo democrático no município


A Polícia Federal (PF), com o apoio do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), deflagrou uma operação, nesta terça-feira (2/12), contra uma organização criminosa que atua de forma estruturada para interferir indevidamente no processo democrático no município de Macaé, no Norte Fluminense (RJ).

Nesta ação, batizada de Operação Nova Capistrum, policiais federais cumpriram 21 mandados de busca e apreensão, sendo 16 no município de Macaé e cinco no Estado da Paraíba. As medidas judiciais foram expedidas contra os principais articuladores do esquema, incluindo empresários, políticos e servidores públicos.

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As diligências foram realizadas para apurar a atuação de organizações criminosas e milícias na coação de eleitores, no financiamento ilícito de campanhas eleitorais e na inserção de representantes no poder público municipal.

Esquema extenso e estruturado

As apurações policiais revelaram que empresas ligadas aos suspeitos mantinham contratos com a Prefeitura e a Câmara Municipal de Macaé, sendo utilizadas como instrumentos para lavagem de dinheiro e favorecimento político.

A investigação apurou, ainda, a atuação de facções criminosas e milícias na coação de eleitores, no financiamento ilícito de campanhas e na inserção de representantes no poder público municipal por meio de apoio político, financeiro e territorial aos então candidatos, hoje eleitos.

Além disso, as diligências identificaram o uso de empresas clandestinas de internet, conhecidas como “gatonet”, e de distribuidoras de gás em comunidades de Macaé e na Paraíba, utilizadas para atividades ilícitas. Também foram constatadas práticas como peculato, caixa dois eleitoral e ameaças a candidatos independentes.

3 imagensTambém foram constatadas práticas como peculato, caixa dois eleitoral e ameaças a candidatos independentes Os investigados responderão pela prática dos crimes de corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e organização criminosaFechar modal.MetrópolesAs medidas judiciais foram expedidas contra os principais articuladores do esquema, incluindo empresários, políticos e servidores públicos1 de 3

As medidas judiciais foram expedidas contra os principais articuladores do esquema, incluindo empresários, políticos e servidores públicos

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Também foram constatadas práticas como peculato, caixa dois eleitoral e ameaças a candidatos independentes

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Os investigados responderão pela prática dos crimes de corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e organização criminosa

PF/Divulgação

Os alvos

Na mira da operação estão indivíduos com forte atuação no tráfico de drogas e lideranças de um grupo paramilitar (narcomilícia) com domínio territorial em comunidades locais, além de outros investigados por movimentações financeiras suspeitas.

Segundo dados do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), as operações somam centenas de milhões de reais.

Os investigados responderão pela prática dos crimes de corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A ação

A Operação Nova Capistrum representa um esforço conjunto das instituições para proteger a integridade do processo eleitoral, garantir a transparência na gestão pública e combater a infiltração do crime organizado nas estruturas democráticas.



Conteúdo Original

2025-12-02 12:51:00

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