Miliciano Zinho e três cúmplices vão a júri popular pelo assassinato do ex-vereador Jerominho

A Justiça do Rio decidiu levar a júri popular o miliciano Luiz Antonio Da Silva Braga, o Zinho, e três cúmplices pelos assassinatos do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, e de seu cunhado, Mauricio Raul Atallah, ocorridos em 4


A Justiça do Rio decidiu levar a júri popular o miliciano Luiz Antonio Da Silva Braga, o Zinho, e três cúmplices pelos assassinatos do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, e de seu cunhado, Mauricio Raul Atallah, ocorridos em 4 de agosto de 2022. De acordo com a denúncia do Ministério Público estadual, a motivação do crime foi uma disputa pelo controle das atividades do grupo paramilitar que age na Zona Oeste, principalmente nos bairros de Campo Grande e Santa Cruz, cobrando taxas ilegais de moradores e comerciantes por segurança e obrigando a adesão a serviços fornecidos irregularmente pela quadrilha, que vão de fornecimento de canais de televisão por assinatura e sinal de internet à venda de gás e carvão.

  • Jogos eletrônicos: Especialistas explicam que prefeitura pode barrar alvarás de vídeo loterias no Rio
  • Substância usada na investigação de crimes: Luminol da UFRJ pode ajudar a salvar vidas

Além de Jerominho, foram pronunciados Rodrigo dos Santos, o Latrell; Paulo David Guimarães Ferraz Silva, o Naval; e Yuren Cleiton Felix da Silva, o Costelinha — apontados como executores diretos das mortes. Os quatro responderão por duplo homicídio qualificado. Naval e Costelinha respondem também por organização criminosa.

A denúncia do MP afirma que Zinho ordenou a morte de Jerominho após saber que o ex-vereador, fundador da antiga Liga da Justiça — milícia que foi criada em meados dos anos 1990, atuou na Zona Oeste por mais de duas décadas e foi mudando de nome conforme outras pessoas assumiam seu comando —, queria retomar o controle do grupo. A decisão judicial frisa que há indícios comprovando a autoria do crime, como provas obtidas na Operação Dinastia, do Ministério Público estadual e da Polícia Federal. A ação, ocorrida em dezembro de 2023, trouxe à tona a estrutura da milícia e o planejamento do assassinato de Jerominho.

O juiz Thiago Portes Vieira de Souza manteve ainda a prisão preventiva dos acusados. A data do julgamento, no Tribunal do Júri, ainda não foi marcada.

Jerominho foi morto com tiros de fuzil disparados por três ocupantes de um Cobalt. O crime aconteceu à luz do dia, em frente ao centro social que o ex-vereador mantinha em Campo Grande Ele e o cunhado haviam acabado de sair do local.

Zinho se entregou à PF do Rio

O miliciano Zinho está preso desde a véspera do Natal de 2023, quando se entregou na sede da Superintendência da PF do Rio. A pedido do MPRJ, ele foi transferido, em fevereiro de 2024, para o sistema penitenciário federal, com base em sua periculosidade e no risco que sua presença representava ao sistema carcerário estadual.

Zinho era considerado o “inimigo número 1” da polícia. Contra ele, havia 12 mandados de prisão em aberto. De acordo com investigações, o criminoso era procurado desde 2018 e assumiu o controle da maior milícia carioca após a morte de seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko, em junho de 2021.



Conteúdo Original

2025-08-22 10:18:00

Posts Recentes

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE