Major da Polícia boliviana é preso suspeito de proteger ex-número 2 do PCC no país vizinho

Um major da Polícia Boliviana foi preso na tarde desta quinta-feira suspeito de fornecer uma rede de proteção ao narcotraficante Marcos Roberto de Almeida, que já foi investigado por ser o número 2 do Primeiro Comando da Capital (PCC) no


Um major da Polícia Boliviana foi preso na tarde desta quinta-feira suspeito de fornecer uma rede de proteção ao narcotraficante Marcos Roberto de Almeida, que já foi investigado por ser o número 2 do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Brasil. Tuta foi capturado na última sexta-feira em Santa Cruz de La Sierra e foi entregue à Polícia Federal na cidade fronteiriça de Corumbá (MS). Atualmente, ele está encarcerado na penitenciária federal de Brasília em razão da sua posição de chefia na facção criminosa.

Investigadores bolivianos obtiveram imagens de Almeida chegando escoltado pelo major Gabriel Soliz em um posto do Serviço Geral de Identificação Pessoal em 16 de maio. O brasileiro foi a esse local para renovar o seu documento de permanência na Bolívia – para onde ele tinha fugido e vivia com o nome falso de Maycon Gonçalves da Silva. As imagens mostram ainda o policial cumprimentando e abraçando o criminoso.

Almeida acabou sendo preso no local após as autoridades bolivianas entrarem em contato com agentes da Polícia Federal e da Interpol, que já estavam monitorando o criminoso brasileiro. O major, por sua vez, fugiu do estabelecimento.

A comprovação da real identidade de Tuta foi feita por meio de biometria. Avisados pelos policiais brasileiros, as autoridades bolivianas executaram a prisão.

A promotoria da Bolívia aponta que o narcotraficante do PCC contava com uma rede de proteção de policiais no país, entre eles o major. Soliz fazia parte do batalhão da Fuerza Especial de Lucha Contra La Violencia.

A PF brasileira investiga o paradeiro de outros criminosos da facção que podem estar utilizando a nação vizinha como esconderijo.

De acordo com investigações do Ministério Público de São Paulo, Almeida chegou a ser o “número 2” de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos fundadores do PCC. Segundo o MP, ele chegou a sera principal liderança da facção na rua, uma vez que Marcola está preso desde 1999.

Após o isolamento de Marcola no sistema penitenciário federal, ele teria passado a tomar decisões estratégicas na facção, como o fluxo de caixa e o levantamento de informações de autoridades e policiais alvos de possíveis atentados da facção. Ainda de acordo com a promotoria paulista, Tuta foi o responsável por planejar o resgate de Marcola em dezembro de 2019, plano frustrado pelas autoridades.

Desde o último domingo, os dois estão presos na mesma penintenciária federal de segurança máxima em Brasília.

Tuta já havia sido preso em 2006, em Guarulhos (SP). Na momento da abordagem, ele chegou a oferecer R$ 50 mil aos policiais militares para conseguir escapar. Ele foi condenado a 23 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de latrocínio, roubo qualificado, ameaça, cárcere privado, uso de documento falso, falsificação de documento público, corrupção ativa e dano qualificado, mas deixou a prisão em 2014 por progressão de pena ao regime aberto.



Conteúdo Original

2025-05-22 20:32:00

Posts Recentes

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE