Laranjeiras é o bairro da Zona Sul com maior alta percentual de roubo a pedestres

Laranjeiras foi o bairro da Zona Sul com maior alta percentual de roubos a pedestres em 2024, com alta de 182% em relação a 2023. Foram 141 casos no último ano, contra 50 em 2023. Todos os outros índices de


Laranjeiras foi o bairro da Zona Sul com maior alta percentual de roubos a pedestres em 2024, com alta de 182% em relação a 2023. Foram 141 casos no último ano, contra 50 em 2023. Todos os outros índices de roubo apresentaram alta no bairro no período, exceto roubos a coletivos. Os dados fazem parte do Mapa do Crime, levantamento exclusivo do GLOBO com base em registros do Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ). A análise traça um raio-x da violência nos bairros cariocas, a partir dos quatro tipos de roubo mais comuns: a transeunte, de celular, em transportes públicos e de veículos — crimes que alimentam, muitas vezes, as engrenagens do tráfico e da milícia.

CLIQUE AQUI E VEJA NO MAPA DO CRIME COMO SÃO OS ROUBOS NO SEU BAIRRO

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Outros crimes apurados pelo O GLOBO também tiveram alta no bairro da Zona Sul entre 2023 e 2024. Roubos de celulares aumentaram de 48 para 81, uma variação de 68,8%. Roubos de veículos cresceram 45,6%, saltando de 57 para 83. Já os assaltos em transporte público foram a exceção, apresentando queda de quase 50%. Foram 65 casos em 2023 contra 35 em 2024.

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Entenda o que é o Mapa do Crime

Quais são os bairros mais perigosos do Rio? Onde os roubos avançaram? Quais é o horário menos seguro para caminhar pela vizinhança? Para ajudar a responder essas perguntas e entender a dinâmica da violência na cidade, o GLOBO desenvolveu o Mapa do Crime, uma ferramenta interativa de monitoramento de roubos no Rio com dados inéditos de delitos por bairros. Disponível no site do jornal a partir de hoje e acessível tanto pelo computador quanto em celulares e tablets, o mapeamento disponibiliza informações sobre quatro crimes diferentes — roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo — em 147 bairros diferentes da capital.

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A ferramenta tem filtros que permitem diferentes visualizações. O leitor pode escolher um dos quatro crimes, o ano-base (de 2020 a 2024) e também o modo de apresentação dos dados: por números absolutos, por taxa por cem mil habitantes ou pela variação em relação ao ano anterior. Cada opção gera uma gradação de cores, que permite distinguir os bairros com mais roubos, maiores taxas ou com maiores aumentos de crimes — mais escuros — daqueles que registraram menos ocorrências, têm taxas mais baixas ou apresentaram diminuição de ocorrências, em tons mais claros. Também há a opção de visualizar os dados em formato de ranking.

Para se aprofundar, ainda é possível digitar o nome do seu bairro ou clicar nele no mapa. Numa nova aba, aparecem a série histórica de crimes no bairro de 2020 a 2024, a variação do delito naquele local em relação ao ano anterior, uma comparação com outros bairros e também um mapa de calor com os horários e dias com as maiores concentrações de roubos.

A ferramenta foi produzida a partir de microdados de mais de 250 mil registros de ocorrências obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP). O órgão, responsável por compilar as estatísticas da segurança no estado, divulga mensalmente indicadores divididos por áreas de batalhões e delegacias — que abrangem, na maioria dos casos, vários bairros. Buscando entender dinâmicas criminais hiperlocais, o GLOBO fez seguidos pedidos ao órgão por acesso a dados mais precisos, como coordenadas ou nome das ruas — todos negados sob o argumento de que essas são informações sigilosas. As menores unidades territoriais disponibilizadas pelo ISP são os bairros, que foram usados como base para o desenvolvimento da ferramenta. É a primeira vez que indicadores criminais no Rio são divulgados com esse nível de detalhamento.



Conteúdo Original

2025-07-22 06:01:00

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