Justiça condena traficantes a 380 anos de prisão por chacina em Anchieta em 2020

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De acordo com a denúncia, no dia 28 de junho de 2020, os moradores do condomínio confraternizavam durante uma festa junina, realizada na Rua Ernesto Vieira, em Anchieta, quando foram atacados pelos criminosos. Integrantes de uma organização criminosa, Rhuan, Carlos Henrique, Jonathan Alves Pereira da Silva, e um menor de idade, teriam recebido a ordem de atacar os frequentadores da festa junina, visando a morte de Kevin Cristian de Oliveira Miranda, o “Desenho”, que chefiava o tráfico na comunidade “Ás de Ouro”, dominada por outra facção rival.

Na invasão ao condomínio, foram mortos Antonio Marcos Barcellos Pereira Júnior, Ian Lucas Soares Gomes, Josué de Oliveira Xavier, Rayane Cardoso Lopes e Yuri Lima Vieira. Ficaram feridos Alan da Silva Nogueira, Amanda Cristina de Oliveira Godinho, Higor Saraiva de Oliveira Gonçalves, Lucas Travanca de Araújo, Naum Henrique Lopes, Yago Breno Gomes e Rodrigo de Souza.

O julgamento foi presidido pelo juiz Cariel Patriota, que destacou a crueldade dos criminosos na execução das vítimas. O magistrado assinalou, especialmente, a morte da menina Rayane, de 10 anos de idade.

Menina de 10 anos morreu em ataques — Foto: Reprodução

“O crime foi executado de forma que o pai da vítima, Naum, foi forçado a presenciar a execução de sua própria filha, de apenas 10 anos de idade. A dimensão trágica do fato é potencializada pela circunstância de que Naum, em um ato instintivo e desesperado para protegê-la, deitou-se sobre o corpo da criança e, nessa condição, também foi alvejado pelos disparos”, escreveu o juiz.

O magistrado também ressaltou que “A empreitada criminosa aconteceu em meio a um evento comunitário, transformando um espaço de convivência social em um cenário de barbárie. A execução pública das vítimas fatais e as lesões nas vítimas sobreviventes expuseram todos os presentes a uma cena de extremo horror e medo, violando a paz e a segurança da coletividade. O ato forçou conhecidos, amigos e familiares, como no caso de Naum ao presenciar a morte de sua filha, a testemunharem a aniquilação violenta de seus entes queridos, tornando a comunidade inteira uma vítima indireta do terror infligido. Tal fato não apenas ceifou vidas, mas causou um trauma coletivo na localidade. Portanto, essa profunda violação da paz social e a disseminação do terror em um ambiente comunitário justificam a valoração negativa deste vetor e a consequente e significativa exasperação da pena-base”.

O juiz também condenou os dois traficantes por corrupção do menor que integrou o grupo de criminosos. Jonathan Alves Pereira da Silva, que foi denunciado por sua participação na chacina, morreu no decorrer do processo.

Ao final do somatório das penas aplicadas a cada crime, os réus foram condenados a um total de 384 anos e seis meses de prisão. Rhuan era primário. Já Carlos Baraúna apresenta nove anotações criminais em sua folha de antecedentes criminais.



Conteúdo Original

2025-08-21 17:20:00

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