Juliana Marins morreu após cair em trilha na IndonésiaReprodução/Redes sociais
O laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML), divulgado nesta terça-feira (8) a partir de exame cadavérico, cita hemorragia interna causada por lesões poliviscerais e politraumatismo “compatíveis com impacto de alta energia cinética”. Procurada por O DIA, a Polícia Civil informou que concluiu o laudo da necropsia e anexou o documento ao processo, que está sob sigilo.
Na ocasião, os parentes explicaram que a mudança de planos se deu devido à morte “suspeita” e à possibilidade de exumação para novos exames.
No dia do sepultamento, Manoel Marins, pai de Juliana, conversou com a imprensa e lamentou a demora no resgate. Ele afirmou que o parque onde ocorreu o acidente não contava com ao menos um helicóptero: “O que eu soube é que eles têm um helicóptero para resgate que fica em Jacarta, que é longe de Lombok. O parque entrou em contato com o serviço de Defesa Civil muito tempo depois, se tivesse entrado em contato logo, o desfecho seria outro. Se a Defesa Civil tivesse sido acionada imediatamente, certamente teria tempo de chegar lá. Os protocolos do parque são muito mal feitos”.
Manoel também destacou a agilidade do Corpo de Bombeiros no Brasil em comparação ao serviço prestado na Indonésia.
“Nós vivemos em um país em que estamos acostumados a um resgate pronto e imediato, quando alguém sofre acidente vemos nossos bombeiros chegando rapidamente para o socorro. Mas lá, eles não têm recurso. Se os voluntários não tivessem chegado, Juliana não teria sido resgatada, porque a Defesa Civil só conseguiu chegar a 400 m, e ela estava a 600m”, disse.
O acidente
Segundo o Parque Nacional do Monte Rinjani, as condições climáticas impediram o uso de helicóptero para o resgate, porém sete socorristas conseguiram se aproximar do ponto onde a vítima se encontrava na segunda-feira (23). No entanto, eles tiveram que montar um acampamento no local ao anoitecer. Na terça (24), a morte foi confirmada.
2025-07-08 22:54:00