Irmão de homem preso por 17 ataques a ônibus em SP se entrega à polícia

Sergio é acusado de participar de ao menos dois ataques. Ele e o irmão devem responder pelos crimes de dano qualificado e atentado contra a segurança do transporte público. A prisão foi confirmada ao GLOBO pela Secretaria de Segurança Pública.


Sergio é acusado de participar de ao menos dois ataques. Ele e o irmão devem responder pelos crimes de dano qualificado e atentado contra a segurança do transporte público. A prisão foi confirmada ao GLOBO pela Secretaria de Segurança Pública.

Segundo o secretário executivo de Segurança Pública, Osvaldo Nico, Edson Aparecido Campolongo, disse que teria realizado os ataques porque é uma pessoa que “quer consertar o Brasil”. Entre segunda e terça (22), mais seis ônibus foram atacados no estado de São Paulo. Já são ao menos 813 veículos depredados em mais de um mês — somente na capital foram 530 casos, e os outros aconteceram em cidades da Grande São Paulo ou da Baixada Santista.

Apesar da declaração, os delegados acreditam que Edson possa ter sido arregimentado por outras pessoas para praticar os ataques. A Polícia Civil vai investigar, nos próximos dias, outras pessoas ligadas a ele.

— Não levamos tão a sério o que ele falou, alguma cortina tem por trás disso — diz Osvaldo Nico.

Edson, que já foi ouvido duas vezes pela polícia, teria negado possuir ligações com alguma corrente política específica. A investigação não descobriu, até o momento, eventuais conexões com sindicatos, que são apontados como uma possível explicação para os ataques.

Dos presos até o momento pela onda de vandalismo, Edson e o irmão seriam os únicos que teriam participado de mais de um ataque. Ele é funcionário concursado da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), onde trabalha há cerca de 30 anos e exerce a função de motorista do chefe de gabinete do órgão. O carro usado nos ataques era da frota da CDHU. O chefe de gabinete foi ouvido pela polícia. Até o momento, está descartada a participação de outros funcionários da CDHU.

Confrontado pelos policiais com provas de que ele estava presente nos 17 ataques, Edson teria se mostrado arrependido. Os investigadores afirmam que é provável que ele tenha participado de mais depredações e que, além do irmão, outras pessoas também tenham participado diretamente dos atos.

Ele usava artefatos como pequenas pedras e disse em depoimento que escolhia os ônibus de forma aleatória. O motorista morava em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, e o irmão dele, em Osasco.



Conteúdo Original

2025-07-23 15:18:00

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