Integrante de Cabo Frio da cúpula do Comando Vermelho será transferido para presídio federal | Cabo Frio

Cabo Frio – O governo do Rio de Janeiro solicitou a transferência de dez integrantes da cúpula do Comando Vermelho (CV) para presídios federais, medida que visa reforçar o isolamento dos líderes da facção e reduzir a possibilidade de ordens externas para ações criminosas. Entre os nomes está Wagner Teixeira Carlos, conhecido como Waguinho de Cabo Frio, apontado como integrante da linha de comando do CV.

O pedido de transferência já foi encaminhado à Vara de Execuções Penais do Rio, com expectativa de decisão nesta quarta-feira (29). Caso seja aprovado, os detentos serão distribuídos em unidades federais de segurança máxima, conforme critérios do sistema penitenciário federal.

Em foto obtida com exclusividade, os presos aparecem dentro da galeria B7 de Bangu 3 após serem informados sobre a medida. Entre eles, Marco Antonio Pereira Firmino, o My Thor, considerado um dos principais líderes do CV, cumpre sua terceira detenção em quase 20 anos. Apesar de estar preso, ele continuava dando ordens para ações do grupo, como bloqueios de vias públicas com ônibus e barricadas.

Outro detento da cúpula é Alexandre de Jesus Carlos, o Choque, identificado como chefe do tráfico em Manguinhos e considerado de altíssima periculosidade. Em agosto de 2024, ele chegou a ser autorizado a realizar uma cirurgia em hospital particular na Zona Sul do Rio, com recursos próprios.

Além de My Thor, Choque e Waguinho de Cabo Frio, a lista inclui Rian Maurício Tavares Mota, conhecido como Da Marinha; Roberto de Souza Brito, Irmão Metralha; Agnaldo da Silva Dias, Naldinho; e Fabrício de Melo de Jesus, Bicinho. Três detentos que não fazem parte da “comissão” da facção também foram incluídos: Leonardo Farinazzo Pampuri, o Leo Barrão; Carlos Vinícius Lirio da Silva, Cabeça do Sabão; e Eliezer Miranda Joaquim, Criam.

Segundo dados oficiais, a operação realizada na última terça-feira nos Complexos da Penha e do Alemão, apontados como “quartel-general” do CV na Zona Norte, resultou em 64 mortes e 81 prisões. O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, o Doca, líder do CV na região, não havia sido capturado até o fechamento da reportagem. Dois aliados dele foram presos: Thiago do Nascimento Mendes, Belão do Quitungo, e Nikolas Fernandes Soares, operador financeiro do grupo.

O governo estadual destaca que a medida de transferência busca limitar a comunicação entre líderes do CV e fortalecer a segurança pública, distribuindo os presos em diferentes unidades federais.