Governo Trump publica mais de 230 mil páginas de arquivos sobre assassinato de Martin Luther King Jr.

O governo de Donald Trump publicou nesta segunda-feira “mais de 230 mil páginas” de arquivos sobre o assassinato de Martin Luther King Jr., apesar das preocupações da família do líder dos direitos civis. Em 23 de janeiro, Trump ordenou, por


O governo de Donald Trump publicou nesta segunda-feira “mais de 230 mil páginas” de arquivos sobre o assassinato de Martin Luther King Jr., apesar das preocupações da família do líder dos direitos civis. Em 23 de janeiro, Trump ordenou, por decreto, a desclassificação de documentos governamentais sobre o assassinato do ex-presidente John F. Kennedy e de seu irmão Robert F. Kennedy (revelados em março), além dos de Luther King, morto em 1968.

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As 230 mil páginas se concentram, entre outros temas, na investigação do FBI sobre a busca internacional pelo suposto assassino de King e no testemunho de um de seus companheiros de cela, segundo comunicado da diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard.

“O povo americano esperou quase 60 anos para ver toda a extensão da investigação do governo federal sobre o assassinato de King”, afirmou Gabbard.

Segundo ela, a publicação dos documentos foi feita “com mínimas redações por motivos de privacidade”. Os Estados Unidos “garantem” que farão todos os esforços para “oferecer total transparência sobre esse evento crucial e trágico”, acrescentou.

King foi assassinado em abril de 1968 em Memphis, no Tennessee. James Earl Ray foi condenado pelo assassinato e morreu na prisão em 1998. Os filhos de King, porém, tinham dúvidas de que Ray fosse, de fato, o autor do crime.

Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, os dois filhos vivos de King, Martin Luther King III e Bernice King, afirmaram que “apoiam a transparência e a responsabilidade histórica”, mas temem que os documentos possam ser usados para atacar “o legado” de seu pai.

Eles lembraram que o líder dos direitos civis foi alvo, durante sua vida, de uma “campanha de desinformação e vigilância” orquestrada pelo então diretor do FBI, J. Edgar Hoover.

A campanha do FBI tinha a intenção de “desacreditar, desmantelar e destruir a reputação de King e do movimento mais amplo pelos direitos civis nos Estados Unidos”, afirmaram Luther King III e Bernice. “Pedimos que aqueles que lidarem com a publicação desses arquivos o façam com empatia, moderação e respeito”.



Conteúdo Original

2025-07-21 20:53:00

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