Em CPI, Poze do Rodo explica carro devolvido após roubo: “Sou f… ‘ | Rio de Janeiro

MC Poze do Rodo compareceu à CPI na Alerj, acompanhado de sua defesa, na manhã desta segunda (20) – Thiago Lontra/Divulgação MC Poze do Rodo compareceu à CPI na Alerj, acompanhado de sua defesa, na manhã desta segunda (20)Thiago Lontra/Divulgação



MC Poze do Rodo compareceu à CPI na Alerj, acompanhado de sua defesa, na manhã desta segunda (20)Thiago Lontra/Divulgação

Rio – O cantor Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, o MC Poze do Rodo, depôs nesta segunda-feira (20) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), para falar sobre a rápida recuperação de um carro dele roubado, em setembro. Ao ser questionado, ele, mesmo em um ambiente parlamentar, abusou do uso de palavras de baixo calão.

Poze do Rodo relatou o roubo de seu carro nos stories do InstagramReprodução

 

Poze se disse “mundialmente conhecido”, ressaltou os 16 milhões de seguidores que tem no Instagram e emendou: “Eu me acho uma pessoa f…, fenomenal. Então é meio que óbvio que quem me roubou, por tanta repercussão, não ficaria com um carro roubado”.

O objetivo da CPI é apurar possíveis esquemas entre associações de proteção veicular e organizações criminosas com o intuito de recuperar veículos roubados mediante, por exemplo, pagamento de resgates.

Em seu depoimento, Poze destacou que o fato de o automóvel ser personalizado na parte interna também teria colaborado para que os criminosos o abandonassem. Ele ainda recordou que o amigo que dirigia no momento do assalto estava na delegacia para registrar a ocorrência quando soube da localização do veículo.

Ao fim da participação do cantor, os parlamentares o questionaram sobre o porquê de o carro da modelo Gracyanne Barbosa, assaltada na mesma região no último dia 16, não ter reaparecido com tamanha rapidez. Poze se limitou a afirmar que talvez ela não tenha “o mesmo carinho e respeito” que ele. Na sequência, optou por ficar em silêncio, por orientação de sua defesa e por garantia de um habeas corpus que o desobrigava a responder as perguntas da comissão. Ele chegou a ser preso, em junho, por apologia ao crime e suspeita de envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho (CV).

Relembre o caso

Em 18 de setembro, Poze anunciou no Instagram que sua Land Rover Defender blindada havia sido roubada no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Sudoeste, enquanto estava emprestada a dois amigos. Na postagem, primeiramente, ele se disse “tranquilão”.

Em seguida, mostrou, em diversos momentos, confiança na recuperação do carro: “Preocupação nenhuma. Primeiro, porque tem seguro. E outra: o carro é meu e vai aparecer. Pode ter levado para qualquer área, mas vai aparecer”, assegurou o cantor, acrescentando uma ironia quanto à iniciativa dos bandidos de roubarem um veículo dele: “Tem maluco para tudo. Tem corajoso para tudo”.

Poze seguiu com os vídeos afirmando que o desfecho do assalto poderia ser outro caso estivesse ele ao volante: “Se pega o papai aqui na pista, com carro blindado, eu jogo para o alto. Não oriento vocês a fazer isso. Mas eu, particularmente…”

Presidente da CPI, o deputado Alexandre Knoploch (PL), se mostrou satisfeito com as explicações do MC e considerou encerrada a participação dele: “A gente queria que o MC Poze esclarecesse sobre essa recuperação e ele explicou, mesmo estando com um habeas corpus para poder ficar em silêncio, na condição de testemunha. O caso dele está superado e vamos seguir para os próximos passos”.

O deputado Marcelo Dino (União), vice-presidente da comissão, ratificou que a CPI não tem a finalidade de pessoalizar os fatos investigados, mas sim apenas apurar possíveis irregularidades: “Não há nada pessoal contra ninguém, o que esta CPI busca é a legalidade”.

Além da suspeita de elo com o CV, Poze também responde a um processo na Justiça por tortura e extorsão mediante sequestro de um empresário.



Conteúdo Original

2025-10-20 18:31:00

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