Após a morte de Thiago da Silva Folly, conhecido como TH, um dos principais chefes do Terceiro Comando Puro (TCP) no Complexo da Maré, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) voltou suas atenções para dois chefes de facções criminosas. São eles: Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, integrante da facção Terceiro Comando Puro (TCP), fundador do Complexo de Israel; e Edgar Alves de Andrade, o Doca, um dos principais chefes do Comando Vermelho (CV).
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TH foi morto no último dia 13 , durante uma operação do Bope na Maré. Segundo a Polícia Militar, ele possuía 227 anotações criminais e 17 mandados de prisão em aberto. O secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, descreveu a ação como “cirúrgica” e exibiu uma lista impressa dos crimes atribuídos a TH, com cerca de cinco metros de comprimento. De acordo com a PM, o traficante reagiu à abordagem e foi morto, juntamente com dois de seus cúmplices responsáveis por sua segurança.
Sem TH, Peixão e Doca tornaram-se os principais alvos da tropa de elite. Peixão é apontado como líder do TCP e fundador do Complexo de Israel, que abrange comunidades como Parada de Lucas, Vigário Geral, Cidade Alta, Pica-Pau e Cinco Bocas. Ele é acusado de impor um regime de terror nas áreas sob seu domínio, utilizando estratégias como o fechamento de vias expressas — Avenida Brasil, Linha Vermelha e Rodovia Washington Luiz — para demonstrar poder.
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Apesar de possuir 79 anotações criminais, Peixão nunca foi preso. Em inquérito instaurado pela Polícia Civil para apurar a ação de Peixão e seu bando, que fecharam as rodovias no entorno de suas favelas, no dia 24 de outubro do ano passado, os investigadores constataram: o objetivo era aterrorizar a população. Três pessoas morreram e outras três ficaram feridas devido aos tiroteios.
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Doca, por sua vez, é considerado um dos principais chefes do Comando Vermelho (CV) e atua principalmente no Complexo da Penha. Ele é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores. Em outubro de 2023, Doca foi apontado como o mandante da execução de três médicos e da tentativa de homicídio de uma quarta vítima na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As vítimas participavam de um congresso de medicina e foram confundidas com milicianos de Rio das Pedras.
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A rivalidade entre Doca e Peixão é intensa, com disputas frequentes pelo controle de territórios estratégicos, como a favela do Quitungo. Essa comunidade serve como base para confrontos entre os dois grupos rivais.
2025-05-21 05:00:00
