Além disso, os dados do bairro mostram estabilidade ou queda nos demais tipos de crime. Os roubos a pedestre caíram entre 2023 e 2024, passando de 11 para sete casos. O número é o mais baixo desde 2020.
No caso dos roubos de veículos, houve uma redução de três para duas ocorrências em 2024. Já os roubos em coletivos seguem zerados pelo quinto ano consecutivo, sem nenhuma ocorrência registrada desde 2020.
Qual é a diferença entre roubo a pedestre e roubo de celular?
Os crimes de roubo a pedestre e roubo de celular, que até podem acontecer ao mesmo tempo, são registrados de forma separada pelas autoridades — e há um motivo para isso. O roubo a pedestre — também chamado de roubo a transeunte — se refere à subtração de qualquer bem pessoal feita com ameaça ou violência enquanto a vítima caminha pela rua, podendo incluir bolsas, carteiras, joias, entre outros itens.
Já o roubo de celular, como o nome indica, diz respeito exclusivamente aos casos em que o aparelho é o alvo do assalto. O telefone pode alimentar a engrenagem do crime de diversas formas: pode ser desbloqueado e usado para transferências bancárias, revendido de forma clandestina ou até desmontado para a venda de peças.
Entenda o que é o Mapa do Crime
Quais são os bairros mais perigosos do Rio? Onde os roubos avançaram? Qual é o horário menos seguro para caminhar pela vizinhança? Para ajudar a responder essas perguntas e entender a dinâmica da violência na cidade, o GLOBO desenvolveu o Mapa do Crime, uma ferramenta interativa de monitoramento de roubos no Rio com dados inéditos de delitos por bairros. Disponível no site do jornal, o mapeamento disponibiliza informações sobre quatro crimes diferentes — roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo — em 147 bairros diferentes da capital.
A ferramenta foi produzida a partir de microdados de mais de 250 mil registros de ocorrências obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP). O órgão, responsável por compilar as estatísticas da segurança no estado, divulga mensalmente indicadores divididos por áreas de batalhões e delegacias — que abrangem, na maioria dos casos, vários bairros. Buscando entender dinâmicas criminais hiperlocais, o GLOBO solicitou dados mais precisos de localização dos crimes e recebeu informações sobre os bairros onde cada ocorrência foi registrada, menor unidade territorial disponibilizada pelo ISP. É a primeira vez que indicadores criminais no Rio são divulgados com esse nível de detalhamento.
2025-08-02 11:00:00