Caso Kathlen Romeu: PMs acusados de alterar cena do crime são julgados | Rio de Janeiro

Kathlen Romeu foi morta a tiros no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio, em junho de 2021 – Arquivo/Agência O Dia Kathlen Romeu foi morta a tiros no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio, em junho de 2021Arquivo/Agência




Kathlen Romeu foi morta a tiros no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio, em junho de 2021Arquivo/Agência O Dia

Rio – Cinco policiais militares começam a ser julgados nesta terça-feira (5) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), acusados de falso testemunho e fraude processual no caso da morte de Kathlen Romeu. O julgamento, que teve início às 13h, é conduzido pela Auditoria da Justiça Militar. A jovem, de 24 anos, estava grávida quando foi atingida por um tiro de fuzil no peit e morreu. O caso aconteceu em julho de 2021, no Complexo do Lins, na Zona Norte. 
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), os agentes Jeanderson Correia Sodré, Rodrigo Correia de Frias, Cláudio da Silva Scanfela, Marcos Felipe da Silva Salviano e Rafael Chaves de Oliveira são acusados de alterar a cena do crime.

Diferentemente do Tribunal do Júri, a sessão na Justiça Militar não prevê o depoimento de testemunhas. O Ministério Público será o primeiro a se manifestar, com tempo máximo de três horas para a acusação. Em seguida, as defesas dos réus terão o mesmo prazo, a ser dividido entre os advogados. Depois, pode ter réplica e tréplica, com mais uma hora para cada parte se manifestar.

Pouco antes do início do julgamento, familiares e amigos de Kathlen se reuniram em frente ao TJRJ. Vestindo camisetas com o rosto da jovem e segurando faixas, eles pediram por justiça.

Outros réus

Em março deste ano, a Justiça do Rio decidiu que os PMs Marcos Felipe da Silva Salviano e Rodrigo Correia de Frias, acusados de fazer disparos na ação que matou a jovem, serão levados a júri popular. O julgamento ainda não tem data marcada. Na decisão, a juíza Elizabeth Machado Louro afirmou que se baseou no laudo da reprodução simulada para indicar a autoria dos dois agentes.

“O laudo de reprodução simulada acostado no índice 1047 é suficiente para indiciar a autoria, ao menos para os fins desta decisão”, destacou a juíza. Eles vão aguardar o julgamento em liberdade.

Relembre o caso

Em junho de 2021, a jovem Kathlen de Oliveira Romeu, de 24 anos e grávida de quatro meses, foi baleada durante uma ação policial de militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio.

Os policiais militares, Marcos Felipe e Rodrigo Correia são acusados de terem sido os responsáveis pelos disparos. Além de réus por homicídio, eles respondem, junto com mais três PMs, por fraude processual, pois teriam alterado a cena do crime.

Os dois realizavam patrulhamento de rotina na área conhecida como Beco da 14, próximo à Rua Araújo Leitão, por onde a jovem passava com a avó. A dupla alega que houve troca de tiros com traficantes locais e a vítima acabou sendo atingida.



Conteúdo Original

2025-08-05 15:18:00

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