Kathlen Romeu foi morta a tiros no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio, em junho de 2021Arquivo/Agência O Dia
Diferentemente do Tribunal do Júri, a sessão na Justiça Militar não prevê o depoimento de testemunhas. O Ministério Público será o primeiro a se manifestar, com tempo máximo de três horas para a acusação. Em seguida, as defesas dos réus terão o mesmo prazo, a ser dividido entre os advogados. Depois, pode ter réplica e tréplica, com mais uma hora para cada parte se manifestar.
Pouco antes do início do julgamento, familiares e amigos de Kathlen se reuniram em frente ao TJRJ. Vestindo camisetas com o rosto da jovem e segurando faixas, eles pediram por justiça.
Outros réus
“O laudo de reprodução simulada acostado no índice 1047 é suficiente para indiciar a autoria, ao menos para os fins desta decisão”, destacou a juíza. Eles vão aguardar o julgamento em liberdade.
Relembre o caso
Em junho de 2021, a jovem Kathlen de Oliveira Romeu, de 24 anos e grávida de quatro meses, foi baleada durante uma ação policial de militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio.
Os policiais militares, Marcos Felipe e Rodrigo Correia são acusados de terem sido os responsáveis pelos disparos. Além de réus por homicídio, eles respondem, junto com mais três PMs, por fraude processual, pois teriam alterado a cena do crime.
Os dois realizavam patrulhamento de rotina na área conhecida como Beco da 14, próximo à Rua Araújo Leitão, por onde a jovem passava com a avó. A dupla alega que houve troca de tiros com traficantes locais e a vítima acabou sendo atingida.
2025-08-05 15:18:00