Benfica, na Zona Norte do Rio, viveu uma explosão no número de roubos em ônibus no ano passado. Foram 47 ocorrências, um número quase três vezes maior que o registrado no ano anterior, quando ocorreram 16 casos. Cortado pela Avenida Brasil, ponto crítico apontado pelo Sindicato dos Rodoviários nesse tipo de crime, o bairro tem 21.388 moradores, de acordo com o Censo 2022. Os dados estão disponíveis na ferramenta interativa Mapa do Crime, do GLOBO.
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O indicador não é o único em alta no bairro, se comparados os 12 meses de 2024 com o mesmo período do ano anterior. Os roubos de celular e de veículos também tiveram aumento no local, de 54,7% e de 65,4%, respectivamente. Foram 82 casos de roubo de celular no ano passado, contra 53 em 2023. Já o roubo de veículos saltou de 81 casos em (no ano retrasado) para 134 em 2024.
Por outro lado, o roubo a transeunte apresentou queda de 7,3%, com 76 casos em 2024, enquanto haviam sido registrados 82 no ano anterior.
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O levantamento resultou no Mapa do Crime, feito pelo GLOBO com base em dados do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP-RJ). A análise traça um raio-x da violência nos bairros cariocas a partir dos quatro tipos de roubo mais recorrentes: roubo a pedestres, de celular, em coletivo e de veículo — muitos deles alimentam a engrenagem do crime organizado no Rio.
Entenda o que é o Mapa do Crime
Quais são os bairros mais perigosos do Rio? Onde os roubos avançaram? Quais é o horário menos seguro para caminhar pela vizinhança? Para ajudar a responder essas perguntas e entender a dinâmica da violência na cidade, o GLOBO desenvolveu o Mapa do Crime, uma ferramenta interativa de monitoramento de roubos no Rio com dados inéditos de delitos por bairros. Disponível no site do jornal, o mapeamento disponibiliza informações sobre quatro crimes diferentes — roubos de celular, a transeunte, de veículo e em coletivo — em 147 bairros diferentes da capital.
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A ferramenta foi produzida a partir de microdados de mais de 250 mil registros de ocorrências obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Instituto de Segurança Pública (ISP). O órgão, responsável por compilar as estatísticas da segurança no estado, divulga mensalmente indicadores divididos por áreas de batalhões e delegacias — que abrangem, na maioria dos casos, vários bairros. Buscando entender dinâmicas criminais hiperlocais, o GLOBO solicitou dados mais precisos de localização dos crimes e recebeu informações sobre os bairros onde cada ocorrência foi registrada, menor unidade territorial disponibilizada pelo ISP. É a primeira vez que indicadores criminais no Rio são divulgados com esse nível de detalhamento.
2025-07-30 13:00:00