Um dia após o fim do prazo para usuários de celulares roubados entregarem os aparelhos em qualquer delegacia do estado, a Polícia Civil informa que está contabilizando os dispositivos entregues e os encaminhando para a perícia. O próximo passo será restitui-los aos proprietários originais. De acordo com a corporação, as investigações continuam para identificar as pessoas que não devolveram os celulares e indiciá-las por receptação. A previsão é que os resultados da ação sejam divulgados na próxima semana.
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Na segunda-feira (24), a Polícia Civil intimou, pelo Whatsapp, cerca de três mil usuários de telefones celulares identificados como roubados. Quem recebeu a mensagem tinha até 72 horas para cumprir a ordem, prazo encerrado na quinta-feira (26). Os usuários alvos receberam o seguinte texto:
“Você está sendo intimado(a) a entregar este aparelho celular, que é produto de crime, no prazo de 72 horas. O não cumprimento configurará o crime de receptação (art. 180 do Código Penal), com responsabilização criminal. Se não puder comparecer no prazo, entre em contato por este número de Whatsapp, canal oficial da unidade, para orientações”.
A ação faz parte da Operação Rastreio, que combate roubo, furto e receptação de aparelhos. De acordo com a Polícia Civil, ações coordenadas da operação começaram em 3 de maio e já resultaram em mais de 800 aparelhos recuperados. Eles serão analisados e devolvidos aos donos. Mais de 60 suspeitos envolvidos nessa cadeia criminosa já foram presos.
Mercado de celulares roubados e furtados
Na quarta-feira (25), em mais uma fase da Operação Rastreio, agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) prenderam oito suspeitos de integrarem um esquema que abastece o mercado informal com celulares furtados, roubados e revendidos por meio de plataformas digitais.
As ações para cumprir os mandados de busca e apreensão ocorreram em endereços residenciais e em estabelecimentos comerciais. Entre os alvos, estiveram shoppings populares e centros especializados em venda e manutenção de celulares, que foram identificados como pontos de revenda dos aparelhos frutos de ações criminosas.
As investigações apontaram que muitos dos telefones eram oferecidos com nota fiscal — ainda que ela não correspondesse à origem real do produto — para conferir aparência de legalidade à transação. Em outros casos, a revenda era feita sem qualquer documento ou garantia.
A operação de quarta-feira teve como objetivo interromper o ciclo de escoamento e venda dos celulares, enfraquecendo, assim, a base econômica da quadrilha.
2025-06-27 19:04:00
